Last Chance

- Vinte; Desespero -

Adrien revirou na cama pelo barulho incessante de algo que tocava. Tentou ignorar o incômodo para dormir novamente. O dispositivo parou de tocar e o rapaz pôde relaxar mais uma vez. O que não durou muito quando ouvi o tal objeto tocar novamente. E pensando que era seu despertador, ele abriu os olhos encarando a janela.

"Ainda está de noite. Por que isso tá tocando?" - ele pensou olhando com dificuldade pela claridade do mostrador, para o relógio despertador ao lado da cama. Estranhou o horário; 2:37.

Sobre a cômoda ele deslizou o olhar para o celular que vibrava e tocava virado para baixo.

- Quem é o idiota que liga pra alguém uma hora dessa?! - ele levantou com dificuldade, olhando para a tela do celular, comprimindo os olhos pela claridade do dispositivo.

- Tikki? - ele coçou os olhos quando viu quem realmente estava ligando. Em uma nota mental se arrependeu por não olhar o celular antes de chamar quem ligava de idiota.

Atendeu a chamada. Sentiu o coração acelerar preocupado. Alguma coisa estava errada.

- Tikki?! Tá tudo bem?

- Adrien, menino. Ainda bem que você atendeu. Eu não sei o que fazer. - a senhora parecia agitava do outro lado da linha. A voz claramente preocupada.

- O que aconteceu? - levantou definitivamente da cama.

- Marinette. Eu acordei com sede, e aproveitei pra vê-la no quarto, mas ela não estava lá. Ouvi uma música na sala de ensaio e fui até lá. Ela está lá, Adrien dançando e ensaiando. Eu tentei pará-la dizendo que estava tarde, mas ela não parou. - ela terminou a fala nervosamente.

As palavras de Tikki o atingiram com uma força que o corpo quase tombou para trás, soltando-se na cama. Ele se equilibrou para que não caísse. Olhou ao redor tentando pensar mais claramente. Até se dar conta que ele não deveria pensar, deveria agir.

Pegou um casaco qualquer, sem se importar se ainda vestia roupas para dormir.

- Fica calma, Tikki. Eu estou indo!

Abriu a porta bruscamente seguindo rapidamente pelo corredor procurando a chave do carro de Nino na bancada da cozinha. O melhor amigo que o desculpasse mais tarde, ele não tinha tempo para avisá-lo de qualquer forma.

- Eu tentei ligar pra Alya, mas ela não atendeu. Então eu liguei pra você.

- Tá tudo bem, Tikki. Você fez certo. Qualquer coisa que acontecer você pode me ligar sem nem pensar duas vezes.

- Obrigada, Adrien. Eu tenho certeza que ela vai te escutar. Você é a única pessoa que pode fazer isso.

Ela desligou. O loiro pôs o celular no bolso, finalmente achando a chave na mesa de centro da sala de estar.

Batendo a porta, ele saiu em disparada, para o estacionamento do prédio. Tão agitado e nervoso que não esperou o elevador, descendo seis lances de escada, chegando ao carro, ofegante e muito mais nervoso do que já estava.

Ele parou com as duas mãos no volante, respirando fundo. Sentiu o coração se acalmar. Precisava por a cabeça no lugar, Marinette precisava dele, precisava de ajuda. E ele iria até ela e nunca mais a deixaria, não importava quantas vezes mais ela fosse afastá-lo.

Seguiu pelas ruas parisienses tão calmas aquela hora da noite, esperando poder finalmente atravessar os muros da Mansão Dupain-Cheng.

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Notas finais;

Esse cap foi super curto? Sim! Eu fiz de propósito? Com toda certeza! KKKKKKK amo ser má.