- Dois; Reencontros e Despedidas -

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Chloé parou o carro em frente a intimidante Mansão Dupain-Cheng. Se o problema fosse mesmo só dinheiro, a questão se resolveria facilmente com um belo cheque que os pais de Marinette, donos de uma rede de confeitarias, poderiam fazer. A loira pensava, mas definitivamente não poderia ser tão fácil.

Adrien a encarou apreensivo no banco do carona.

- Pronto? - a Bourgeois o questionou um tanto ansiosa.

- Sério isso? - ele elevou a sobrancelha desacreditado. Era óbvio que ele não estava pronto e nem estaria.

- Desculpa, mas pronto ou não, você vai ter que fazer isso.

- Isso que eu chamo de encorajamento. - maneou a cabeça.

O portão foi aberto, Alya apareceu indicando que eles entrassem. Chloé parou o carro em frente a fachada da casa em estilo neoclássico.

A Césaire se aproximou, recostando-se na janela do carro com o vidro já aberto.

- E aí, loirinhos?!

- Oi, Aly. - a loira soltou um sorriso amigável para a antiga conhecida.

- E aí Alya, ela vai me receber? - Adrien tentou parecer tranquilo.

- Sobre isso... - ela comprimiu os lábios. - Bom, ela não sabe que você está aqui. Não tem muito tempo que eu cheguei, então não deu pra avisar. Mas não se preocupe, eu vou estar com você. Ela vai te receber querendo ou não.

- Eu não sei se isso vai ser uma boa ideia, Alya. - a voz soou insegura.

- Já falei pra você não esquentar. Pode confiar, vem. Eu sei lidar com a ferinha.

E Adrien realmente esperava que ela soubesse lidar com a Dupain-Cheng.

- Vai logo. Marinette não vai ter morder. Eu espero no carro. - Chloé deu leve batidinhas no ombro dele indicando que deveria ir.

O Agreste saiu do carro caminhando lado a lado com a Césaire. Os dois passaram do hall gigantesco da casa, onde o rapaz encontrou uma velha conhecida.

- Adrien, meu querido! Quanto tempo faz que eu não te vejo, meu bem?! - a senhora beirando os sessenta anos, cabelos avermelhados tingidos e olhos azuis cansados se aproximou sorridente.

- Tikki! - o rapaz abriu um sorriso tão grande ao ver a governanta da mansão que Alya não se lembrava da última vez que o viu sorrir daquela forma.

Ele a abraçou tão forte que a mulher achou que ficaria sem ar.

O aloirado se lembrava de como Tikki o tratava como um filho sempre que aparecia na mansão junto com Marinette depois de ensaios exaustivos. Ela era como uma mãe que Adrien não lembrava de ter, já que a sua havia falecido quando tinha apenas treze anos.

- Que saudade, criança! Como você está? Tô vendo que precisa se alimentar melhor. Você parece muito abatido. - ela deu leve batidas no peito do rapaz que ainda via como um menino.

"Abatido pelos últimos dois anos" - Alya pensou.

- Eu tô bem, Tikki. Não precisa se preocupar. - o rapaz riu tímido pondo as mãos dentro dos bolsos da calça.

- Venham crianças, entrem! - a senhora se apressou em levá-los para a sala de estar.

Fazia anos que Adrien não entrava naquela casa, onde tinha tantas lembranças, boas e ruins. E o local não havia mudado, a decoração moderna parecia a mesma de anos antes.

Tikki se direcionou para a cozinha dizendo que traria suco e biscoitos. O Agreste sorriu, era exatamente o que ela trazia sempre que ele aparecia ali.

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