5. Confissão na plataforma 9¾

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buenas noches 🤠

O loiro encarava, chocado, a carta em sua mão.

Seus olhos vagavam de seu padrinho para o papel em suas mãos. Ainda confuso, ele releu a carta.

Admirável professor Snape,

Pode parecer estranho eu escrever para você e, sim, realmente é, mas não me julgue, tá? Apenas quero saber como você está.

Depois de tudo não tivemos tempo para conversar e espero que genuinamente esteja bem.

Não sei como, mas sei que tem ligação com os  ̶M̶a̶l̶f̶l̶o̶y̶ Malfoy, então por isso peço que os deseje tudo de bom e pergunte para a senhora Malfoy como ela está.

Draco não sabia o que era pior: Harry Potter ter escrito uma carta para seu padrinho e, diretamente, mencionar ele e sua mãe; Harry errar a escrita do sobrenome de Draco e rasurar uma carta, ou Draco sentir... Algo, por isso.

Mas não é aquele algo de "Nossa! O garoto que sobreviveu me escreveu!", era algo mais como "Nossa! Meu Veela finalmente está calmo!".

Isso era péssimo, porque podia significar muita coisa, mas Draco preferiu por acreditar que por estar longe de contato carnal a muito tempo, qualquer tipo de contato o deixava... Assim.

— Que gentileza a do Potter. — Severus comentou sem expressão, pegando a carta de volta e passando seus olhos novamente pelas linhas escritas por Harry, sempre revirando os olhos no "Malfloy".

— Concordo. — Narcisa comentou animada, mesmo que sua atenção estivesse total nas plantas a sua frente.

Narcisa trajava um vestido rodado e florido verde. Seus cabelos estavam preso pelo leve calor Londrino pelo Verão e em sua mãos estão luvas de jardinagem, enquanto ela mexe com suas plantas.

Por falta de Elfos domésticos, a mansão passou a aparentar sombria pela falta de manutenção dos jardins, então após ler muitos livros de jardinagem, Narcisa se aventurou por esse mundo. Não que ela não já soubesse, até porque os Black incrivelmente tinham uma educação sobre jardinagem rigorosa, mas por estar a anos sem fazer qualquer esforço nesse sentido, achou necessário revisar antes, refrescar sua memória.

Draco vestia um short curto e solto azul, ao mesmo tempo em que usava uma camisa lisa e branca. Este está sentando sobre um banco de ferro um pouco afastado de sua mãe, apenas a observando.

Severus continuava com sua roupa totalmente preta, porém trajava vestes trouxas, não bruxas (que normalmente não eram apropriadas para o calor).

— Draco, isso é um sinal! — Narcisa comentou animada, enquanto chamava o filho com sua mão, apenas para mostrar o Tentáculo Venenoso, uma planta carnívora e agressiva, que apresentava uma boca torta e feia e presas por toda sua extensão.

— Como assim sinal, Cissa? — Severus confuso, se sentando no lugar que seu afilhado ocupava.

— Potter mostrou preocupação, Draco não tem amigos na escola... — Disse e deixou no ar.

Os dois já imaginavam do que ela falava, porém resolveram não dizer nada para não contribuir para os pensamentos desta.

— Vamos lá! Não está difícil! — Bufou indignada e se levantou, retirando as luvas e as batendo no ar, retirando um pouco da terra das mesmas. — Talvez Draco possa virar amigo de Potter e de seus amigos. Seria perfeito.

Draco riu, em descrença.

— Talvez se eu não tivesse sido criado como fui, agora virar amigo de Potter não pareceria uma ideia tão absurda. — Desabafou, sem ter coragem de encarar a própria mãe.

Not A Little VeelaOnde histórias criam vida. Descubra agora