14. Aquele

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demorei e esse é meio curto comparado aos outros :/

Que ideia brilhante, Severus.

Draco estava prestes a cometer um homicídio. Ou melhor, um suicídio! Talvez um suicídio logo após um homicídio, ou talvez este apenas cometa um homicídio e fuja para o Alasca.

Bem, pelo menos era isso o que seus olhos estavam querendo dizer, já que fixaram-se nas costas de Senhora Wright enquanto esta caminhava pela sala ampla e fumacenta.

Finalmente segunda e Draco não poderia estar mais do que feliz pelas aulas terem começado, por mais que se viu completamente desgostoso por Hagrid ainda continuar sendo professor. Sério, esse cara deveria ser preso.

Mesmo tão gentil ele era tão...

— Então, este é o motivo se Poções mortíferas não serem proibidas, como vocês podem ver, o processo de ser feito é tão demorado que é mais vantajoso é apenas usar as Maldições. Entretanto... — Fez aquela pausa dramática de todos os pocionistas e se virou em seus calcanhares, seus olhos sempre rígidos vagando por todos os estudantes do sétimo e oitavo ano. — Alguém saberia me responder porque não foi totalmente proibido? Já que pela lógica, ainda seria arriscado.

A cabeça do loiro automaticamente se virou em direção de Granger, esperando que esta estivesse com o braço levantado, mas ele não sabe quanto tempo dormiu para perceber que ela estava diferente. Os olhos de Granger estavam focados no pergaminho sobre sua mesa, ao mesmo tempo em que sua mão corria livre com uma pena, fazendo símbolos sobre o papel que mais tarde formariam palavras e frases.

— Alguém? — Insistiu Senhora Wright.

— Acho que Wright tem um grande estoque de poção de sono. — Harry sussurrou para Draco, fazendo este o olhar com a sobrancelha erguida em desconfiança.

Afinal, desde quando ele estava ali?

— Que. — Sussurrou de volta não soando como uma pergunta, agora de cenho franzido para o menor.

Harry deveria arrumar suas costas, aliás, ele parecia um corcunda, e olha que um corcunda teria mais saúde do que Potter.

— É que a cada palavra que ela solta, um aluno dorme. — Explicou, forçando uma expressão esnobe, provavelmente imitando Draco. — Ou melhor ainda, a cada palavra que ela solta, uma fadinha- morre.

Contou e não se aguentou de sua própria piada, rindo e tremendo seus lábios fazendo um som de "puff". Isso fez Draco sorrir enquanto negava com a cabeça.

— Você sabe que ela fala igual ao meu padrinho, não é?

— Certo, verdade, então com todo o respeito, madame Draco, seu padrinho mata uma fadinha- a cada vez que abre a boca.

Draco revirou os olhos e o que era um sorriso cerrado, se tornou um sorriso enorme. Abaixou a cabeça e a apoiou na costa de sua mão, se perguntando porquê permitiu que Harry entrasse em sua vida. Porém bloqueou esses pensamentos antes que tivesse uma crise existencial alí mesmo.

Antes que pudesse dizer qualquer coisa, os dois se surpreenderam ao ver o braço de Weasley se levantar, atraindo atenção de todos que estavam na sala, até mesmo os que estavam dormindo.

— Weasley. — Wright soou como um questionamento, mas não foi direto. Ela sabia, claro, o histórico de cada aluno ali, porém deveria ter imaginado que um ano seria o suficiente para mudar todos, principalmente um ano em guerra.

Os registros que ela tinha eram dos primeiros até o sexto ano de cada estudante de poções, porque houve aquele buraco no tempo em que a escola foi comandada por Comensais.

Not A Little VeelaOnde histórias criam vida. Descubra agora