31. O Tal do Tal

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Demoro mas não falho. Ansiosos para o penúltimo capítulo? :D
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- Pessoal, nós devemos mesmo deixar ele amarrado? Isso não é algo meio que... Ilegal? - Hermione foi perdendo a voz assim que olhou bem para o garoto e ele finalmente se mexeu, tentando sair das cordas.

Por mais que já tivesse vivido e visto muito em sua vida, inclusive a perda e a busca pela recuperação da memória dos pais, ver um "inocente" amarrado por seus amigos não era a visão mais agradável do mundo. Ela sentia que os três, Ron, Harry e Draco estavam doidos e só ela lúcida.

- Não sei, na verdade... - Harry foi o primeiro a ceder.

- O que? - Draco se virou para o outro indignado - Ele tava esse tempo todo ferrando comigo, e pior, sabe-se lá o que esse... Esse coisinho fez ainda mais - expeliu nojo entre as palavras. Draco olhou surpreso para o garoto ao que este resmungou, sendo a primeira coisa a ser "falada" por ele.

Foi o suficiente para revigorar Harry e não o deixar hesitar. Também movido pelo senso de justiça, Ron se manteve ao lado do melhor amigo e do quase amigo. Os três encaravam o mantido prisioneiro deles, um tal de Lewis Groves. Harry tinha um olhar seco, Draco mantinha uma pose esnobe e Ron parecia pronto para atacar, com seus ombros encolhidos e punhos fechados.

Mas estamos avançados demais na sucessão de fatos dessa dia longo.

- O que fazemos agora? - Draco perguntou ansioso para Harry, sentindo um arrepio nas costas. Saber que ele estava tão próximo e poderia fazer algum mal a qualquer momento era tenebroso.

Harry permanecia sério, andando de um lado para o outro inquieto. Em sua mente traçava planos para capturar o tal do Groves.

- Podemos pegar uma sala inativa, atrair ele para perto dela usando você com isca, prendemos ele e fazemos preguntas. Podemos interrogar ele até ele falar, mas obviamente não vou por você em risco, vou estar perto o tempo todo para que nada saía do controle - após uma parada abrupta, narrou dando leves passos na direção de Draco - Não vou deixar que ele te machuque, meu solzinho.

Draco sorriu para o tom carinhoso, mas logo desmanchou o sorriso.

- Porque solzinho?

- Porque solzão é feio - fez careta, rindo e dando um selar nos lábios do loiro.

- Ai gente - Ron resmungou, lembrando ao Harry que os dois não estavam em uma sala sozinhos.

- Harry, até poderia ser - Hermione aproveitou que o melhor amigo se virou para trás e começou a dizer - Mas não é praticável. Tenta agir como um aluno normal de Hogwarts, não como um bruxo adulto que tem que salvar todo mundo.

O pedido veio de forma exasperada. Hermione já previa o problemão que seria se fossem irresponsáveis. Harry, para a felicidade de Mordred, pareceu pensar antes de se decidir. Antes que dissesse algo, se virou para Draco.

- O que acha?

Por ser sobre o sonserino, ele percebeu que era o próprio quem deveria decidir o que é para ser feito. Aguardou pacientemente. Enquanto Draco pensava, sentido o peso das palavras de Granger, a última citada sentia cada partida firme de seu coração.

- Hermione tem reação, Harry - cedeu, para a alegria da garota.

Só que... Você já viu que não foi exatamente o que aconteceu.

Ficou acordado entre eles, então, o seguinte: iriam procurar o Groves, identifica-lo e alertar a diretora McGonagol, para que o serviço de Aurores fosse acionado e, assim, feito uma investigação. Mas tudo começou a dar errado no dia seguinte, no café da manhã. Bem, pelo menos, em partes.

Not A Little VeelaOnde histórias criam vida. Descubra agora