23. Azkaban

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sofri um bloqueio pq estava estudando para uma prova de vestibulinho, mas como eu prometi, não desisti dessa aqui!!
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Era estranho estar dentro das paredes da grande Azkaban. Era muito mais que frio, era horripilante, Harry podia sentir seus ossos congelando. Draco parecia sentir o mesmo, já que se encolheu contra o moreno. Os dois parecendo um só.

Atrás deles seguiam August e Silvo, dois Aurores do Ministério, e a frente deles, nada. Até porque não tem nenhum guarda, nenhuma pessoa, além dos presos. Os dementadores eram facilmente afastados pelos aurores. Harry entendia o medo de Kingsley, o ministro, até porque nem mesmo ele deixaria Lucius Malfoy sair, mas ele odiava estar ali.

Quando seu padrinho soube, ele ficou pálido, e poderia ter implorado ali mesmo para que não fosse, mas ele sabia o quão teimoso esse pilantrinha era, então não iria adiantar de nada. Remus pediu para que tivesse cuidado, e abraçou Harry e depois Draco, o deixando surpreso.

Como o esperado, depois de falar a palavra "sexo", Harry corou e começou a gaguejar uma resposta, mas logo foi relaxado pelo Malfoy.

— Não precisamos fazer isso agora.

— Temos o resto do período letivo para ficarmos confortáveis.

— Ficar um tempo longe nem incomoda tanto, mais.

Foram palavras que surtiram efeito, e realmente acalmaram Harry, mas depois ele ainda ficou encabulado, não conseguia olhar nos olhos de Draco.

Vamos lá, Harry é feito de carne e osso, e ele tinha a Draco Malfoy como parceiro, em alguns momentos ele acabou por reparar no quão bonito o veela era. Além da beleza veela, ele era muito lindo. Ficou surpreso ao saber que os traços Veela já tinha sido revelado, porque Draco continua bonito como era antes.

— Vai ficar tudo bem. — Harry sussurrou para Draco, tentando ignorar os gritos agoniantes de alguns prisioneiros.

A mão de Draco tremia contra a sua, mas Draco não sentia medo do lugar.

Parados em frente a uma cela, os dois aurores ficaram de guarda ao lado das grades. Eles podiam ver a grande cabeleira loira do outro lado, jogada no chão, mas o espaço era escuro de mais para que vissem qualquer outra coisa.

— A quanto tempo, filho.

A voz rouca e quebrada vibrou pelas paredes. É incrível como, mesmo sendo este o preso, ele ainda tinha poder contra Draco.

— Sem tempo para papo furado, Lucius. — Empinou o nariz e se aproximou da cela, observando de soslaio os aurores se preparem para atacar, sendo relaxados por, talvez, um gesto de Harry.

— Deveria ter imagino que você não viria simplesmente visitar seu velho. — A risada que saiu de seus lábios, se seguiram de tosses.

Draco podia jurar que naquele momento Lucius vomitava sangue. Só permitiu seu corpo relaxar quando a tosse parou. Permaneceu imóvel ao que os longos fios loiros se levantaram do chão, revelando o corpo magro e esguio do mais velho, caminhando lentamente em direção das grades.

— E ainda na ilustre presença de Harry Potter. — O sotaque britânico, carregado de nojo e inflado de desdém, escorregou como adagas para os ouvidos de Draco.

Harry não conseguia entender esse orgulho. A guerra acabou, Voldemort morreu, os Comensais já foram todos punidos e qualquer levante a favor de Você-Sabe-Quem, era devidamente repreendido. Lucius estava preso, e seu único filho estava nos cuidados do Eleito. Como ele poderia ser tão orgulhoso ao ponto de achar que, mesmo que dentro de uma cela, ainda exercia algum poder contra si? O olhar penetrando poderia até funcionar com Draco, mas para Potter, parecia só um gato pelado com medo de tomar banho.

Not A Little VeelaOnde histórias criam vida. Descubra agora