32. Quatro Palavrinhas

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CABUM

por essa vocês não esperavam, ein ein? mas tá aqui e vejam, não demorei um mês dessa vez :D (foi quase)

boa leitura ;)

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— Por fraude, uso incorreto de feitiços, manuseio perigoso de poções, não integridade com o cargo e por pôr em risco a vida de um bruxo, você, Lewis Groves será mantido preso em Azkaban por quarenta e sete anos — O Ministro determinou em tom firme.

Sua voz reverberou por todo o auditório circular, calando os assistentes, júri e espetadores.

Draco finalmente relaxou contra a cadeira, olhando para Harry com um sorriso cansado. Harry se encontrava no meio do júri, mas bancadas circulares que ocupava todo o ambiente circular. Hermione e Ron estavam ao seu lado, como sempre, mas prestavam apoio ao Draco.

Novamente estou avançando demais nos acontecimentos. Voltemos, então, dois dias atrás. Mais especificamente na noite de segunda.

— Eu vou mandar um patrono para a Minerva — Harry avisou se afastando do companheiro e dos amigos.

— Avisa que pegamos ele — Hermione pede, ainda olhando para o homem amarrado.

O olhar de ódio direcionado para Draco não abalava o loiro, mas mexia totalmente com a garota. Hermione tem uma super proteção aguçada para seus amigos, e bem, Draco é um amigo agora. Ela sentia vontade a vontade de socar o Lewis, mas sabia muito bem controlar seus impulsos.

Draco não sabia o que esperava ao achar o homem. Primeiro a perseguição contra o Alex Garden. Jurava que era o homem, mas quando o viu, não sentiu aquele gatilho de "É ele!". O mesmo acontece agora com Lewis Groves, que para Draco, é apenas mais um que poderia passar desapercebido.

Justamente por isso que não conseguia entender. Tudo bem, ele realmente entende o ódio dos outros contra si. É compreensível. A marca que confirmava o ódio justo estaria em seu braço, senão fosse o fato de ser um Veela. O mesmo com Lucius.

Imagina se Lucius Malfoy, após assassinatos e atentados contra vidas inocentes e importantes, fosse liberto de Azkaban só por não ter a Marca Negra? Imagina quantas famílias ficaria aterrorizadas, com medo de perderem mais um para ele?

Esse receio era o que movia insignificantes tal qual Lewis Groves à atentar contra a vida de Draco. Ele não matou ninguém, mas já tentou matar. Parecia que com o tempo a palavra matar perdeu o impacto que ela tem. Mas tentar matar alguém é totalmente grave. E é óbvio que todos pensam que ele deve ter realmente matado alguém, o pondo no mesmo patamar que Lucius.

— Ah, ótimo — suspirou repentinamente, atraindo a atenção de Hermione.

— Você está como? Com tudo isso, quero dizer...

— Sinceramente — começou e precisou de uma pausa, respirando e refletindo o que queria dizer — Não sei explicar o quão... Chocado, estou com tudo isso. Não sinto raiva desse aí — jorrou desprezo — Mas sinto medo, medo pela minha vida, e medo pelo o que vou causar à vida do Harry — sussurrou a última parte.

Enquanto Harry falava com o patrono e Ron vigiava o refém, Hermione puxou Draco para o canto da sala.

— Por que se preocupa com isso? — inquiriu a garota de cabelos cheios.

— Por que você acha? — indicou Groves com a cabeça — Ele te foi disparar contra o Harry, só porque eu estava perto! Podem machuca-lo só para me ferir — exasperou com dor, olhando rapidamente para Harry.

O moreno já o olhava fixamente, preocupado, mas aguardou pacientemente pelo fim da conversa.

— Não, não, não por esse caminho — aconselhou Hermione, percebendo o olhar de Harry.

Not A Little VeelaOnde histórias criam vida. Descubra agora