mais um, aa eee 🥳
Os três estavam juntos na mesa redonda da varanda do quintal de rosas, cada um montava seu prato em silêncio, apreciando o momento. Harry se sentia um intruso, mas a mão de Draco se juntou a sua, o dando confiança, pôde relaxar por alguns instantes.
A matriarca esperava por essa conversa à anos, mas os anos não a preparou para a conversa, nada poderia a preparar de fato. Ver Harry Potter, tão de perto, como um salvador de todos seus problemas, novamente, era no mínimo intrigante. Mas ver e ouvir seu filho chorar de desidratar... Ela sabia que a vida de seu filho era rica, rica de dinheiro, brinquedos e roupas, farto de comida e tudo mais, mas era uma vida triste e pobre de carinho e afeto. Ela não esperava o quão ruim Draco ficaria com a revelação, e isso magoa o seu coração.
Sinceramente, ela deveria ter esperado, ela deveria ter dado seu melhor na criação dele, e não só tentado. Mas ela está bem ciente de que não pode alterar o que já aconteceu.
— Nunca tinha passado pela minha cabeça a confusão que seria fazer parte da família Malfoy. — Começou a falar. — Eu só aceitei o casamento pelas pressas e pelo acordo. Imagina, casar com um homem de alto nome e dono de riquezas e não precisar fazer nada além de manter as aparências? Eu na verdade fui muito sortuda. Minha mãe poderia ter me entregado para um velho asqueroso. Mas o buraco é muito mais embaixo, muito mais problemas, muito mais coisas.
Ela fez uma pausa para beber de seu chá, umedecendo sua garganta já seca.
— Eu sim, sabia sim, mas estive em voto perpétuo, que só se quebrou graças a você, que agora sabe. Eu sei que seu pai é um Veela, que Severus é seu parceiro, e eu sei que Harry sempre foi seu destinado, eu soube dos planos de Lucius e também sabia o que ele pretendia com aquele quarto e a penseira, da mesma forma que aceitei tudo isso, aceitei proteção, e aceitei liberdade.
Por sobe a mesa, Narcisa segurou as mãos do mais novo, olhando em seu rosto e tentando transparecer tudo o que estava entalado nela desde sempre.
— Eu sempre adorei essa vida de aristocracia, mas odiava o que eu, como mulher, era sujeita a fazer. Nunca quis filhos, mas te amei desde o primeiro segundo, eu cuidava de ti, mas mais como uma tia. Com o passar dos anos, meu amor por você aumentou e aumentou, eu daria minha vida por você, filho. Mas, mais difícil do que dar a minha vida, eu vivi e vivo por você, e sou grata por você ter nascido, nascido de mim, minha pequena luz.
Draco se levantou se sua cadeira e se ajoelhou ao lado de sua mãe, a abraçando pela barriga e se permitindo chorar igual criança. Ouvir essas palavras é bom demais, inexplicavelmente bom.
— Está tudo bem se você não ver Lucius como seu pai, até porque tudo o que você pôde experimentar dele não foi positivo, mas por favor, meu filho, perdoe a sua mãe. — Narcisa já se encontrava aos prantos. Seu rosto sempre tão pálido, agora vermelho, transbordava em lágrimas. — Me perdoe por não ter te protegido de todo o mal, me perdoe por ter deixado você sofrer por tantas vezes, me perdoe por ter sido uma mãe nada carinhosa, por favor, por Salazar, me perdoe, meu bebê.
As mãos finas e delicadas da mais velha, segurava a cabeça de Draco com carinho, e o tocava com suavidade, como se tivesse o receio de espantar um animal ferido. E Draco chorava, e nossa, só esses dias chorou mais do que em toda a sua vida, e olha que ele chorava muito.
O abraço de sua mãe, agora, era o melhor abraço de mãe que ele já recebeu. Aquele é definitivamente o seu lugar favorito, de todo o mundo.
Ainda choraram mais enquanto Draco dizia "Está tudo bem", "Não precisa pedir desculpas" e "Eu te amo".
Os dois se soltaram lentamente, se sentiam leves. O ar sombrio sobre a Mansão Malfoy parecia ter se dissipado por completo, e até mesmo um tímido sol e calorosa brisa se fez presente no clima.
— É muito bom poder saber de tudo isso, me sinto fora do escuro.
Narcisa concordou com a cabeça, e durante esse movimento, seus olhos pararam em Harry.
— Tudo bem, Harry?
Harry, choroso, balançou a cabeça em positividade. — Uhum...
Draco e Narcisa riram do estado do garoto.
— Vem cá seu idiota. - Abraçou o corpo do grifinório. - Só é muito chocante saber de tudo isso, é realmente muita coisa para a minha cabeça, e Severus...
- Quando voltar para Hogwarts, fale com ele, será muito bom.
Draco concordou com a cabeça.
Depois se recolheram para seus aposentos, enquanto a mais velha ia cuidar de sua flores, sua terabruxaria, como conversara com Hermione, predileta. Antes, Draco fez um breve tuor pela mansão, mas não apresentou todos os cômodos porquê eram realmente vários.
A coruja de Molly Weasley bicou a janela de Draco, chamando atenção dos rapazes que estudavam juntos a pedido do loiro, para se distraírem.
— De quem é isso? — Draco abriu a janela, permitindo a entrada da ave.
— Da Molly, mãe do Rony.
— Então deve ser para você. — Entregou o bilhete que estava preso à pata do animal.
Harry aceitou e desenrolou o bilhete, lendo em voz alta:
— Querido Harry e querido Malfoy, depois de amanhã é a noite de natal e gostaríamos que vocês estivessem aqui para comemorar conosco, com amor, mamãe Molly.
Harry riu.
— Acho que você que vai conhecer a minha família agora, Draco.
Draco sorriu para a animação de Harry, ainda chocado pelo convite estendido a ele também. Esperava que fosse passar as festas de fim de ano somente com sua mãe e padrinho. Estava feliz com a inclusão. Sentia que algo de certo estava fazendo em sua vida agora.
— Depois das férias, vou vamos ver se acharam Alex Garden, e você conversa com o morcegão, e essa outra parte estará encerrada.
Draco concordou com o posicionamento do parceiro.
— Encerrado é uma boa palavra. É assim que eu me sinto. Perto do fim desse drama todo. — É realmente incrível como vocês tem criatividade para criar apelidos, sério.
Harry riu, concordando com a cabeça. Seus dedos segurando uma pena deslizavam pelo pedaço de pergaminho, seus fios enrolados, agora um pouco maiores, caíam sobre seu rosto, e a luz fraca do lado de fora entrava timidamente pela janela, dando ao garoto de grandes olhos verdes, um ar angelical. Draco admirou o sorriso que ainda permanecia no rosto bronzeado do menor, e suspirou. O grifinório lentamente virou seu rosto para o loiro, o flagra deixou o mais velho corado, mas Harry não percebeu o efeito que deixou sobre Draco.
— Você fala como se não tivesse sido o responsável por isso.
Tentando se recuperar, Draco sorriu nervoso e ergueu as sobrancelhas, o olhando com desdém.
— Ah é, é? Foi eu?
— Aham, foi sim, graças ao mini Malfoy mimado, a gente foi obrigado a desenvolver uma habilidade exemplar de criar apelidos.
Draco gargalhou e soltou alguns xingamentos para o moreno, mas concordou.
— Sendo assim, de nada.
Agora foi a vez de Harry gargalhar.
— Seu babaca.
Em resposta ao moreno, Draco desfilou com uma expressão de deboche.
É, o Draco mais leve assim era tudo o que Harry precisava para se apaixonar ainda mais por esse lindo homem.
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Not A Little Veela
Fanfic{DRARRY} Draco se descobre Veela nas férias antes de seu oitavo ano em Hogwarts. Como não encontrou seu parceiro, Draco sente dores infernais e quase desiste de ir para escola de magia e bruxaria. Narcisa, sua mãe, com muito custo o faz mudar de id...