Depois de dois anos presa em um reformatório pelos hábitos violentos do passado, Aya Kreese sai do reformatório e vai recomeçar uma vida ao lado de seu avô, John Kreese.
O que ela não esperava era cair no meio de uma guerra entre dojos, ser perseg...
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Como já estamos a dois capítulos do fim da temporada, esse capítulo vai ser todo dedicado a Aya e para vocês entenderam mais sobre a personagem. Tem aparição especial no fim, espero que vocês gostem❤️ •
Verão de 2015, residência dos Mills.
Não era nem dez da manhã e eu mal conseguia fechar os olhos por conta do som alto no quarto ao lado, a batida grave do rock que Sebastien escutava fazia as paredes do meu quarto tremerem, notei algumas coisas da penteadeira caírem no chão com um grave altíssimo que soou pela casa. Me virei trocando de lado na cama e afundei a cabeça no travesseiro tentando abafar aquela barulheira, o fato de mamãe não ligar para a fase emo metaleiro do meu irmão, me deixava nos nervos, eu so queria poder ir dormir tranquilamente sem ser acordada com Slipknot no último volume, ainda para piorar tinha ouvido Sebastien falar com os amigos alguns dias atrás sobre montarem uma banda na garagem, eu juro que era capaz de cometer um crime se isso acontecesse...
— Já chega! — Resmunguei entre para os dentes para mim mesma, me sentei na cama jogando a coberta no chão perto do tapete de veludo, atravessei de mau humor o paraíso rosa que era meu quarto.
Caminhei para fora e fui até a porta ao lado, bati inúmeras vezes na porta chamando pelo nome de Sebastien e chutando a porta com a ponta da minha pantufa, passei os dedos arrumando os fios de cabelo e grunhindo baixo de raiva com aquilo, ele me irritava de tantas maneiras possíveis que era anormal! Coloquei a mão na maçaneta da porta e dei um impulso a abrindo com ódio, minha cara ficou avermelhada em ver uma pequena reunião de amigos no quarto do meu irmão, acho que estar de pijama com desenhos de cereja, pantufas fofas e o cabelo todo bagunçado não era uma boa impressão. O loiro me olhou revirando os olhos e soltou um suspiro cansado, como só de me olhar as suas energias tivessem se esvaziado, levantou o braço preguiçosamente para cima apertando repetida vezes o botão de um controle remoto para diminuir o som, pelo menos aquela barulheira infernal tinha acabado.
— O que você quer? Vaza daqui Kris! — Ele reclamou preguiçosamente passando os dedos longos pelo rosto em uma careta de sono, os amigos ainda estavam sentados pelo chão do quarto olhando a cena atentamente.
— Abaixa essa porcaria de som, eu preciso dormir. Mais tarde vou ir viajar com o vovô Kreese. — Expliquei mantendo a calma e focando o olhar somente em Bas, naquela época não me lembro se ele tinha descoberto que minhas viagens a casa do lago com o vovô Kreese eram faixada para concorrer em torneios de karatê. — Esse quarto tá um chiqueiro, quero ver a mamãe ver isso aqui. Tô sentindo o cheiro de maconha lá do outro lado do corredor. — O repreendi enquanto esticava a ponta do pé para alcançar uma latinha de cerveja que estava caída no chão, uma mancha de álcool tinha se feito ao redor dela manchando o carpete bege, Meu irmão estava bebendo muito ultimamente e isso me preocupava, me preocupava mesmo.
