˗ˏˋ ↳ 36 sʜᴇ ᴋɴᴏᴡs

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SE PREPAREM QUE A BOMBA VEM QUENTINHA HOJE!

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SE PREPAREM QUE A BOMBA VEM QUENTINHA HOJE!


Já era meu último dia de viagem em Boston, os últimos dias se passaram rápido correndo como um relógio acelerado onde nem se quer notei sua impaciência. Todos os dias eram novas oportunidades de afundar sobre as ruas da cidade e conhecer mais sobre si e sobre meu talvez novo lar. Na última noite frequentei uma boate que teve ótimas indicações no Google, assisti um show de uma banda promissora que cantava músicas dos anos 80 e fazia imitações de atores famosos, pela primeira vez me vi rir e se divertir sem me preocupar com possíveis ameaças eminentes.

Parecia errado agora mas na noite passada não me importei em recusar todas as ligações dos meus amigos, logo à tarde estaria de volta para Los Angeles em uma confraternização na casa dos Larusso para resolver coisas importantes e urgente no dojo, não queria adiantar o assunto nos meus dias de férias.

Em compensação no outro dia o silêncio de todos era ensurdecedor, talvez fosse um castigo por minha atitude despreocupada de ignorar todos por um dia inteiro, me desprendi do celular o deixando sobre a mesa da cafeteria. Carros passavam tranquilamente na rua ao lado, nossa mesa na calçada quase foi atropelada por um ciclista que fez questão de dar meia volta e se desculpar pela grosseria, estranhamente não me senti irritada com aquilo e apenas abri um sorriso oferecendo um dos meus croissant. Ele negou por conta do tempo apertado e a pressa que estava, não julguei já que também não comeria nada que estranhos me oferecessem na rua.

Era como viver em uma realidade alternativa, onde o céu era mais claro e as pessoas mais gentis. Não precisava ficar de vigia nos dois lados da rua, Terry e seus subordinados estavam longe daqui. Estalei o pescoço passando a palma da mão pela pele dolorida de meu ombro, a lembrança do último treino ainda me incomodava pelas dores e roxos na pele.

— Estava pensando, o que acha de irmos ver um teatro hoje a noite? Sei que você nunca foi muito fã... — Allie sugeriu dando de ombros, via seu olhar focado em mim por cima da xícara de café que bebia. Os cabelos loiros estavam soltos pelo ombro, os fios mais dourados do que nunca pelos raios de sol que refletiam.

— Eu sou fã da megera domada. — confessei cerrando os olhos.

— Ja percebi da onde vem seu temperamento. — mamãe comentou arregalando levemente os olhos e cerrando os dentes, ri daquilo tampando minha boca com as mãos. O ar batia em meu rosto bagunçando meu cabelo todo, rir e ter fios grudados aleatoriamente pelo rosto não era uma visão agradável. — Você tá rindo...

— O que? — perguntei sendo pega de surpresa, a feição da outra era como se tivesse visto um fantasma.

— Desde que se mudamos para a cidade dos anjos, nunca te vi rir tão genuinamente assim... Sempre era quando estava chapada ou rindo de nervoso. — Mills deu um sorriso ladino se aproximando para tocar meu rosto, seus olhos caiam sobre cada detalhe meu admirando os traços que ela julgava serem perfeitos, até mesmo as cicatrizes pareciam serem destinadas a estarem ali. — Minha garotinha, eu te amo tanto.

Legado Kreese  - Cᴏʙʀᴀ KᴀɪOnde histórias criam vida. Descubra agora