Último capítulo da temporada
— Podemos repassar o plano só mais uma vez? — Cedric perguntou pela décima vez, estamos alguns quilômetros da casa de Silver e seus dedos tamborilavam nervosamente sobre o volante.
— Só faz o combinado, quando a gente entrar você fica aqui com as portas trancadas e eu cuido do resto. — Expliquei cruzando os braços, precisava de pelo menos meia hora até Demetri acessar os vídeos. Encarei minhas unhas limpando uma sujeira inexistente, apenas para me distrair do que estava prestes a acontecer. — Espera meia hora, se eu não aparecer você da o fora daqui e me deixa. Entendeu? Não quero que se arrisque mais do já está se arriscando.
— Puta merda Aya, o que vamos encarar? — O rapaz balançou a cabeça negativamente enquanto virava a última esquina se aproximando da residência Silver. Vi seus lábios tremerem a cada metro que se aproximávamos do portão.
— Não vamos morrer. — o tranquilizei rindo baixo, nem mesmo eu acreditava naquilo. Passei para o banco de trás me escondendo de baixo de jaquetas e outras caixas de pizzas vazias. Escutei o carro parar e meu coração palpitou com medo.
— Opa, bom?! Tô aqui para trazer encomendas para um tal de... — Cedric encarou a nota falsa de compra que havíamos feito e cerrou os olhos gaguejando algo confuso. — Sei não esse nome, posso entrar? Tenho outras encomendas.
— O senhor Silver não me deu autorização para abrir os portões, peço que dei meia volta e vá. — O tom sério foi tão frio que quebrou meus ossos, Cedric era bom em enrolar e nossos futuros estavam em suas mãos.
— Olha cara eu entregar entregar uma porrada de pedidos ainda essa noite... Quebra essa para mim. — Ele suplicou afirmando o aperto no volante, ouvi passos duros amassarem pedrinhas no chão e pela fresta de uma das jaquetas, o segurança estava com a cabeça dentro do veículo.
— Já disse que não. — Sua voz grave ecoou por todo o carro, vi até mesmo Ced esbranquiçar e perder a fala.
— Eu to sendo sincero, preciso dessa grana. — Tinha um tom de verdade em sua voz avassaladora, mas sabia que não era do dinheiro das pizzas que ele estava se referindo.
O segurança olhou para dentro e fitou os olhos nas caixas, em seguida se afastou dando um aceno positivo com a cabeça e levou a mão até o aparelho que usava no ouvido dando ordens claras para abrirem os portões, o vi rosnar algo como "cinco minutos" antes de Ced dar partida e seguir para dentro da mansão.
— Meu Deus! — gritei alto pulando para cima e tirando as jaquetas, aquilo tinha sido tão tenso e tinha me dado tanto medo que nem sabia como ainda não tinha saído correndo do carro. — Estaciona para o fundo da casa, fica quieto na encolha que eu te encontro daqui 30 minutos. — Passei as ordens abrindo a porta do passageiro, o rapaz deu um aceno positivo com a cabeça e desligou os faróis para seguir.
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Legado Kreese - Cᴏʙʀᴀ Kᴀɪ
FanfictionDepois de dois anos presa em um reformatório pelos hábitos violentos do passado, Aya Kreese sai do reformatório e vai recomeçar uma vida ao lado de seu avô, John Kreese. O que ela não esperava era cair no meio de uma guerra entre dojos, ser perseg...