Depois de dois anos presa em um reformatório pelos hábitos violentos do passado, Aya Kreese sai do reformatório e vai recomeçar uma vida ao lado de seu avô, John Kreese.
O que ela não esperava era cair no meio de uma guerra entre dojos, ser perseg...
— Vó? O que você tá fazendo aqui?! – Perguntei deixando a exaltação ceder na minha voz, Thea era do tipo daquelas pessoas que preferem nunca sujar as mãos, sempre paga alguém para fazer seus deveres ou passar recados. Ela ir até aquele "muquifo miserável", foi sim uma grande surpresa para mim.
— Kristen querida, já disse. Vamos para a casa. — Repetiu educadamente enquanto levantava a cabeça olhando o espaço ao redor, sua cara não passava de expressões assustadas e enojadas. Thea odiava Kreese, tudo que viesse dele, seria para ela uma grande ofensa para a humanidade.
— Thea, estou no meio de uma aula. Não te dei o direito algum de vir no meu dojo, importunar meus alunos e tentar levar a minha neta. — John apoiou as mãos na faixa do kimono e se aproximou vagarosamente da mulher a frente, seu olhar sobre ela era rígido e sombrio. Sua boca tinha formado uma linha reta e tensa, os alunos se entre olharam arregalando os olhos.
— Acho melhor se afastar, John John. — Thea repreendeu o olhando de cima para baixo com frieza, sua expressão era como uma pedra de gelo. Imbatível. — Posso facilmente te acusar por ameaça e agressão, mesmo que eu não esteja com uma marca se quer no meu corpo. Em quem você acha que vão acreditar? — Perguntou amaciando o tom de voz, interpretando a vítima perfeita. Levou uma das pernas do óculos escuros até os lábios, mordendo levemente a ponta enquanto cerrava os olhos com ódio em direção ao meu vô, Sebastien virou o rosto para o lado secretamente dando uma risada abafada.
— Vamos para o escritório, melhor do que lavar roupa suja na frente de todo o dojo. — Determinei assumindo o rumo antes que Kreese respondesse, os três se entre olharam por alguns segundos antes de concordar com um gesto positivo com a cabeça. Me virei olhando para Tory, ela se manteve do meu lado o tempo todo, eu nem se quer tinha percebido. — Nichols inicia o aquecimento.
— Todos em posição! Para ontem, vamos rápido. — Tory saiu andando até a frente do espelho para tomar o lugar onde eu costumava passar os aquecimentos, esticou os braços para frente cerrando os punhos e me deu uma mínimo sorriso de consolo, ela veio de uma família difícil, acho que isso foi uma forma de dizer que tudo iria ficar bem.
Caminhamos em silêncio até o escritório, adentramos o local e logo fechei a porta atrás de mim para que a conversa fosse privada o suficiente. Me virei olhando a cena, Thea e Sebastien se encolheram de um lado do escritório olhando Kreese como se fosse um animal selvagem, o mais velho encostou o corpo na mesa principal e cruzou os braços mau humorado, não estava nenhum pouco contente com aquela visita, aposto que morreu de ódio em ser desafiado na frente dos próprios alunos e não ter se defendido na hora.
