Depois de dois anos presa em um reformatório pelos hábitos violentos do passado, Aya Kreese sai do reformatório e vai recomeçar uma vida ao lado de seu avô, John Kreese.
O que ela não esperava era cair no meio de uma guerra entre dojos, ser perseg...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
PENÚLTIMO CAPITULOOOOOO Capítulo grandão para vocês aproveitarem bem!! Boa leitura e todos S2 •
Batia freneticamente a ponta dos dedos contra a madeira lisa da mesa, Vicenzo estava sentado a minha frente com os olhos avermelhados enquanto contava com detalhes os últimos anos, como seu cargo de chefe da cirurgia geral foi rebaixado e como o divórcio com Allie o deixou mal, eu nem fazia ideia que meus pais estavam separados e isso me assustava, só queria poder abraçá-lo e pedir desculpas por ter me afastado, por não ter estado lá.
Robby estava sentado no sofá da sala encarando a televisão desligada, apesar do olhar do moreno estar focado em outra coisa eu sabia bem que sua atenção mesmo era naquela conversa. John estava sentado em uma das cadeiras com os braços cruzados e o olhar julgador sobre Vicenzo, por mais que ele não tivesse se pronunciado até agora, sabia muito bem que sua opinião sobre o próprio sobrinho era negativa, podia ver pela feição de desprezo estampada em seu rosto e seus lábios levemente contorcidos ao notar que lágrimas ameaçavam cair dos olhos do outro Kreese.
— Eu não sei o que dizer, estou atônita... — Me pronunciei no momento que todos nós cedíamos por uma pausa, aquele assunto deixou o clima bem pesado e era difícil respirar. — Eu sinto muito... — Murmurei baixando o olhar envergonhada.
— Eles te deixaram sozinha naquele reformatório, não se sinta mal. — John relembrou com o tom de voz carregado de ódio e rancor, o lancei um olhar reprovador mas fui ignorada totalmente. — Agora você se levante e saia da minha casa. Olha só essas lágrimas nos olhos, uma total vergonha para o sobrenome Kreese... — Vovô praticamente cuspiu as palavras enquanto expulsava o sobrinho de casa, se levantou do sofá em um movimento rápido e intimidador.
— Tenho orgulho em assumir que meu Kreese nunca veio do senhor, e sim do meu pai. O último a carregar com honra esse sobrenome nas costas... Eu não posso dizer o mesmo, abandonei a Aya quando ela mais precisou, mas você sabe que está fazendo para ela muito pior que eu já fiz. — Vicenzo respondeu a altura mantendo o tom de voz firme exibindo a confiança nas palavras, não pareceu se abalar com as ofensas de John, se quer moveu um músculo para sair da cadeira.
— Caia. Fora. – O mais velho sibilou cerrando os punhos, por mais que fosse de idade ainda era um sensei, fazia um belo estrago quando decidia usar o método do punho. Robby se levantou lentamente do sofá no outro lado da sala, observava calmamente a situação e seus movimentos eram leves, como se precisasse atacar de surpresa uma hora ou outra.
— Desde que você nasceu eu fui distante, não tenho muita moral para te dar lições mas acredite quando eu digo uma coisa, meu pai sempre me manteve afastado de Kreese por um motivo. Ele não é quem você pensa. — Papai virou o rosto para trás por alguns segundos, encarando o mais velho a poucos metros de distância com um brilho estranho no olhar, mal sabia se era ódio ou apenas indiferença, qualquer um dos dois que fosse abalou muito bem o estado de John. — E eu vou te provar isso. — Acrescentou no tom mais afiado que já ouvira na vida, era claramente uma ameaça. O que ele tinha contra Kreese? Sabia sobre algo que eu deveria saber? Meu olhar receoso foi até o mais velho também, queria poder não ter estremecido quando seus olhos frios me penetraram cortando quaisquer pensamentos duvidosos que tive. — Amanhã sua mãe estará de volta, vamos comemorar a véspera de natal no clube com a família. Seria uma ótima oportunidade de voltar. — O loiro meteu a mão dentro do bolso do terno e retirou um convite em um envelope branco muito bem embalado, tinha letras douradas e um ramos de flores em relevo sobre o papel. Passei os dedos sentindo todas as texturas interessantes daquela carta. — Até amanhã, filha. — Se despediu dando um sorriso rápido, tão rápido que só consegui ver uma sombra de seus lábios curvados mas aquilo desapareceu em segundos...
