Depois de dois anos presa em um reformatório pelos hábitos violentos do passado, Aya Kreese sai do reformatório e vai recomeçar uma vida ao lado de seu avô, John Kreese.
O que ela não esperava era cair no meio de uma guerra entre dojos, ser perseg...
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Em meados no final dos anos 60 onde a moda era usar um cabelo volumoso e a calça barra larga tinha se tornado febre entre os adolescentes, um bairro promissor da alta sociedade de Los Angeles finalmente tinham realizado novas construções de casas para abrigar moradores na altura, na frente de uma dessas mansões se encontrava um casal tanto que desajustado em relação aos outros presentes ali, Thea Kamen e Valentim Mills encaravam abismados a enorme propriedade à frente, o rapaz sempre fora de boa família e bom de vida, já acostumado com as mordomias que a vida poderia lhe oferecer. Já Kamen? Teve que ralar desde de sempre para conseguir reconhecimento, sua inteligência acima da média a colocou na faculdade de medicina mesmo não tendo um dólar no bolso, seu jeito mandão e determinado conquistou o herdeiro Mills no mesmo instante, fazendo que de alguma maneira mágica e inexplicável, ele não se apaixonasse por ninguém durante o resto da sua vida, afinal, foram longos 54 anos de casados.
- Não. - Thea determinou ainda com os olhos cerrados, aquele sol miserável batendo em seu rosto e o barulho irritante das ondas do mar do outro lado da rua a faziam querer vomitar, já tinha sido um grande esforço engolir a família burguesa de seu marido, mas a mesma nunca se imaginava virando uma deles.
- Você está grávida, uma hora ou outra vamos ter que sair daquele apartamento. Nossa filha não pode crescer naquele lugar. - Valentim defendeu seu ponto de vista. O homem alto de cabelos negros, pele dourada bronzeada e músculos bem definidos aparente abaixo das vestes, por mais que amasse muito a esposa do jeito que era, ainda queria viver nas mordomias que sua família poderia oferecer.
- Lembra qual foi a primeira coisa que sua mãe me disse quando contamos da gravidez? Burra! Ela me chamou de burra, "vai ter que deixar a residência para trocar fraldas". - A loira imitou com mal gosto as palavras rudes da sogra, ser aluna dela tinha lá suas complicações, todos na família de Valentim não aceitavam aquele casamento por um simples fato... Thea era soberba e pobre, criada e nascida na zona sul no pior dos piores subúrbios de Los Angeles. - Se gastarmos toda nossa poupança para dar entrada nessa casa, sua família vai querer me comer viva! - Arregalou levemente os olhos enquanto massageava a pele da barriga, aquilo era uma coisa boba que mães faziam e a mesma nunca entendeu, mas agora entendia. Massagear a barriga era como se sentir perto da neném, como segurar pela mão ou dar um beijo no nariz.
- Lembra quando a gente saiu pela segunda vez?! Passamos por uma casa idêntica a ela e eu vi o modo como seus olhos brilharam, essa é sua casa dos sonhos e vai ser a casa da nossa família. - O rapaz se aproximou passando os braços ao redor da cintura da esposa, apoiando as mãos sobre as dela que acariciavam a barriga. Apoiou o queixo sobre o topo daquela cabeça cheia de fios loiros cor de mel, ele encarou a residência imaginando o futuro que podiam ter ali.
- Essa é a casa dos sonhos... - Thea repetiu baixo para si mesma, encarando as pilastras brancas que ficavam na entrada ao lado da porta principal. Um sorriso bobo preencheu todo seus lábios em uma única curva, trazendo um aparência encantadora para seu rosto e suas bochechas rosadas. -Vamos lá então garanhão, vamos ver se o interior é tão bonito quanto aqui fora.
