Capítulo 14

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Maratona:2/5

Maratona:2/5

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- Hariel!

Ouvi a Nina me chamar mas fiquei calado na minha, não estava pra conversa e sabia que se eu abrisse a boca naquela hora eu iria acabar descontando nela uma parada que nem culpa ela tem.

- Tu trouxe o carro, TD?

- Tá ali fora no esquema patrão, sabia que o senhor não ia dar conta de andar até lá em cima.- concordei.

- Espera lá fora com a Sthe, preciso trocar uma ideia com a Nina.

TD saiu puxando minha irmã pra fora já que ela se negou a sair, fechei a porta e fiquei fitando a Catarina, nem queria falar com ela agora por justamente estar nervosão com a situação, mas ignorar ela de novo seria foda pra carai perante os últimos acontecimentos.

- Tá me olhando com essa cara de choro porque?

- Porque você só se mete em confusão Hariel, você não deixa sua própria vida em paz.

- Essas paradas não dependem só de mim não Maria, o bagulho é mais embaixo, a mina tava no meu nome então se ela fez eu mesmo tenho que cobrar.

- Você não quer fazer isso, eu te conheço e sei que fazer essas coisas não te faz bem.

- Não é questão de não querer ou não gostar, quando tu nasce com uma missão tu tem que cumprir, minha missão é cumprir as regras da facção, e antes de qualquer compromisso com família ou seja lá quem for a facção vem primeiro. Cê tá ligada nisso menor.

- Eu sei, mas queria poder mudar as circunstâncias, juro que te ver correndo perigo nessa vida que tu leva me faz muito mal, juro que faz.

- Tem coisa que não dá pra mudar não Nina, tem gente que entra pro crime e tem gente que nasce pra ele, eu nasci pra ele e pra outras paradas.

E quando eu disse "outras paradas" eu quis dizer sobre proteger ela, to ciente que se um dia acontecesse qualquer merda comigo, saísse do crime ou fosse expulso da facção quem iria se foder mais que eu seria ela.

Quando me passaram a visão hoje cedo que tinham pego a Brenda fiquei logo no pique, queria sim cobrar dela pra deixar de ser mandada mas eu sei que vão me mandar fazer muito mais do que eu realmente iria fazer.

Isso aqui é o crime, nessa vida tu é obrigado a fazer muita coisa que não quer. Porém, eu sou um dos patentes altas por de frente da facção, tenho que dar o exemplo saca?

Se eu não fizer o que eu tenho que fazer minha imagem fica suja, prefiro me foder do que por a segurança da pirralha em jogo.

Só me preocupo com ela pô, porque se fosse por mim eu estava pouco me fodendo.

- você vai mesmo?

- Fica na paz Catarina, mais tarde nós se tromba.

Beijei a testa dela e meti o pé sem responder a pergunta dela. Cheguei do lado de fora ouvindo um papo estranho entre Sthe e o TD, a outra arregalou maior olhão e saiu andando.

Caso Imoral • livro I | Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora