Prólogo - Depois

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Rio de Janeiro, Complexo do Jacarezinho...

Me recostei nas grades do mirante vendo à vista de lá de cima, as estrelas iluminavam a escuridão da noite e da minha alma que dóia junto ao meu coração dentro do peito

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Me recostei nas grades do mirante vendo à vista de lá de cima, as estrelas iluminavam a escuridão da noite e da minha alma que dóia junto ao meu coração dentro do peito.

A vida jamais será algo fácil, na verdade nunca foi para mim desde que nasci e fica mais difícil quando se envolve um caso imoral e uma vida bandida.

Eu nunca havia conhecido o amor, até conhecer o dele, mas o destino foi muito filho da puta ao escolher logo os nossos caminhos para serem traçados e quanto mais eu pensava em toda aquela situação, mais eu sabia a merda que sentir o que eu estava sentindo daria. Mesmo que quiséssemos muito, tinha um mundo todo pra julgar e nos apontar, se um dia tudo viesse a tona.

Mas para ser sincera eu nunca me importei com isso, os olhares tortos e julgamentos nunca me importaram, até porque toda vez que estava ao seu lado eu me sentia invencível, eu sempre gostei do perigo mas ele sempre me protegeu de todos pois eu era a menina que fazia seu instinto protetor ressurgir.

Ele era mais que um traficante, era mais que um assassino frio, eu não o enxergava assim, era além do que eu pudesse descrever.

Eu poderia ter fugido enquanto havia tempo, poderia ter lutado, mas no fundo meu coração sempre havia sido dele, eu não escolhi amá-lo, minha alma e coração escolheram por mim. É um amor de alma, é algo imbatível.

Eu pertencia a ele muito antes de me dar conta disso, éramos mais que um homem e uma mulher, éramos um só, éramos toque, arrepio, sentimento, sintonia, emoção, éramos um pelo outro, éramos um amor impossível que não ligava para opiniões.

Éramos pois não sei se seremos mais, só o destino sabe o que ele tem para nós, só ele sabe quantas batalhas ainda teremos que travar para conhecermos a felicidade!

O vento gelado esvaziava e enchia novamente minha mente conturbada pelos fantasmas da minha cabeça, mais uma vez viria me fazer arrepiar mas dessa vez pelo seu toque em meu braço.

Me virei com os olhos cheios de lágrimas e apesar de amá-lo, naquele momento eu só conseguia sentir ódio daquela situação, era como se meu corpo gritasse por ele e minha alma dissesse para que eu me afastasse dele para sempre.

Mas eu não podia pois já havia me tornado refém.

Refém desse caso imoral que só nós dois entendíamos...

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Caso Imoral • livro I | Degustação Onde histórias criam vida. Descubra agora