Work harder to worth harder

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Quem morre hoje?

Que saudade de escrever isso...

Boa leitura 💚🐦

Os instrutores desconheciam o dito "pegar leve". Palavras desconhecidas em seus dicionários pessoais. E Roseanne aprendeu isso da pior forma possível.

Enquanto Jisoo tentava achar meios palpáveis para tirá-las de lá em dias, Roseanne se matava de trabalhar junto a seu novo amigo Janson. Os dois recebiam castigos diariamente e isso estava começando a virar marcação.

— Eu digo, o que podemos fazer? Não é como se fossemos pessoas poderosas cheias de dinheiro pra poder mudar esse sistema! — O moreno resmungou irritado. — Você me entende, Chaeyoung? O sistema odeia pobres como nós.

— É... — Disse para não parecer rude, mas ela sabia que fazia parte desse sistema. — Nunca parei pra pensar por esse lado. — Foi sincera.

— É, nem a classe trabalhadora pensa nela mesma, não é sua culpa, digo, uma educação de qualidade e regalias não é pra todo mundo. — Ele dizia revoltado. — Não como se eu tivesse uma lamborghini me esperando na garagem pra ir pra casa. — A australiana se engasgou com sua água, parecia que ele sabia de toda sua vida e estava querendo extrair alguma coisa.

— É. Não é como se você fosse casado com alguma Capitã da vida. — Não sabia o que falar e acabou soltando a pior coisa. Logo constatou que deveria levar mais a sério a frase que diz "Se você não tem nada de bom pra dizer, fique quieto."

— Se colocarem a gente em mais um castigo, eu vou surtar! — Se levantando, o jovem soldado jogou seu cantil no chão e marchou para dentro da sede.

Roseanne ficou aliviada por ele não ter desconfiado, e ficou ali mais alguns segundos para fugir do trabalho, mas logo voltou para a sede também.

Ao chegar lá, pode ver que a enfermaria estava cheia, provavelmente muitos soldados estavam se machucando.

Elas tinham se alistado como soldados normais, isso significava que ninguém ali sabia de suas habilidades médicas. Ou seja, não tinha privilégio algum, eram apenas soldados.

Mas mesmo assim, seu instinto de ajudar os outros falou mais forte e, mesmo correndo risco de ser descoberta, a australiana tomou coragem e rumou para o saguão da enfermaria podendo ver dezenas de soldados machucados.

— Ei Cadete! Se seu ferimento não for grave, você não pode estar aqui. — Um atendente tentou barrá-la.

— Não estou ferida, eu vim ajudar. — Disse convicta de que aceitariam uma mão acolhedora.

— Você é médica voluntária?

— Ah... Não? — Disse incerta.

— Então não tem como nos ajudar. Volte ao seu posto.

Roseanne respirou fundo quase pensando em voltar, mas pensou duas vezes e decidiu que não cederia.

Se não podia ter um consultório para ajudar, ajudaria ali mesmo na fila.

Determinada, ela foi de pessoa em pessoa perguntar o que eles precisavam, uns precisavam de remédios básicos, outros curativos simples e alguns só estavam ali para fugir do trabalho. Esses fujões ela recrutou para que a ajudassem e eles não negaram, até porque se o fizessem ela os dedurava.

E lá estava ela, a quase médica ajudando as pessoas e dando uma boa aliviada nas enormes filas que se formavam no saguão.

Os soldados já haviam percebido há muito tempo seus movimentos, mas decidiram não intervir, até agora ela não tinha cometido nenhum erro capital.

Only One 💫 Chaelisa 🔫Onde histórias criam vida. Descubra agora