The Captain

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Respirações descompassadas, corações acelerados e o barulho de água corrente no Rio ao seu lado eram as única coisas audíveis. Suas mãos ainda entrelaçadas conversavam entre si tentando apaziguar o silêncio agonizante que havia se instaurado.

De um lado Roseanne buscava entender tudo que acontecia, fazia uma autorreflexão, mapeava tudo que havia acontecido nas últimas duas semanas tentando entender exatamente a situação, e, principalmente, tentando digerir as palavras da mulher a sua frente.

Primeiro havia o sequestro de seu pai, logo após isto a equipe especial vindo buscá-la, o primeiro sequestro por Leon em que Lalisa havia a salvado, lembrou-se do abraço caloroso e apertado que havia a dado, de alguma forma ela havia se sentido protegida ali, com a cabeça recostada sobre o peito da tailandesa, mesmo sem conhece-la ela sabia que não se importaria de ficar ali por toda sua vida se necessário. Poderia facilmente se tornar seu porto seguro.

Logo depois veio o interrogatório em que viu Leon deformado, ela não havia esquecido da imagem de seu rosto perfurado por uma bala e desfigurado, definitivamente ela nunca esqueceria, não esqueceria também de como Lalisa a acolheu e a protegeu, de como ela a fez se sentir um pouco mais segura naquela sala, um pouco menos assustada em relação à Leon desfigurado a sua frente. Depois a conversa na piscina, a viagem para Bora Bora, a explosão, o segundo sequestro, todos os momentos com Lalisa e com Philip, ela havia sido idiota por não ter escutado a maior, mas não havia visto maldade no homem, ela nunca via isso nas pessoas.

Lembrou-se de seu sonho e por um momento desejou que ele fosse a realidade, com uma Lalisa atrapalhada que derrubava a mesa do bolo no casamento e um cachorro fofo e leal. Nessas semanas ela realmente havia criado sentimentos pela Capitã, mas seria ela capaz de suprir as expectativas que a maior havia criado?

Roseanne olhou no fundo das orbes castanhas da mulher em sua frente, essa que também lutava internamente, castigava-se por ter provavelmente sido apressada demais, achava que a australiana a achava um tola neste momento, mas muito pelo contrário, Chaeyoung não tinha palavras, não conseguia falar, apenas sentir.

E foi o que fez, ela sentiu, sentiu o peso das palavras de Lalisa, sentiu seu corpo de jogar contra o da Capitã, sentiu a colisão de seus corpos e sentiu seus lábios se tocarem. Não era um sonho constatou Roseanne, o beijo do sonho havia sido diferente, menos intenso, menos vívido. Lalisa arregalou os olhos não esperando esta reação da menor, a surpresa rapidamente se tornou desejo, e como ela a desejava. Habilmente sua mão rodeou a cintura magra de Chaeyoung, suas mãos a seguravam firmemente contra seu corpo, as da australiana não estavam diferentes, suas mãos antes entrelaçadas foram direto para a gola de sua farda onde não ficaram por muito tempo subindo para seus cabelos e se perdendo pro ali.

Um beijo demorado, não era lento, mas também não era rápido. Ele era perfeito, crucial e necessitado por ambas as partes. Um beijo... Apenas um simples beijo tinha múltiplos significados e ali, naquela tarde, com o sol se pondo atrás do lago, todas as perguntas foram respondidas com um beijo, um beijo almejado por muito tempo e finalmente o sonho havia se concretizado.

[...]

No dormitório do hospital Jennie explicava a sua esposa o que havia acontecido na missão, o reencontro com Baekbeom, a morte de BaekHyun, Sehun ter enterrado os corpos sem permissão... Sim o homem havia contado a tenente sobre que o fizera, a mesma disse que Lalisa ficaria extremamente brava pois teria problemas com a Central mais tarde, o Sargento nada falou, não ousou contestar sua superior.

Jennie se sentia cansada e estava feliz por poder desabafar com sua esposa, estava feliz por ela estar ali consigo a fazendo companhia. Jisoo não era muito temperamental, mas odiava quando as coisas saiam de seu controle.

Only One 💫 Chaelisa 🔫Onde histórias criam vida. Descubra agora