Rosé 🌹

262 43 21
                                    

O sol na minha cara denunciava que já era dia, eu havia esquecido de fechar as persianas de novo. Acordando lentamente, pude perceber que eu ainda era abraçada ao sentir a respiração de Lalisa na minha nuca. Ela ainda não havia acordado, isso era raro.

Aproveitando ao máximo esse momento, me ajeitei para poder ficar mais próxima a ela, e aproveitei para fungar o fino moletom que ela usava para dormir, eu amava seu cheiro, me sentia uma viciada toda vez que a abraçava, acho que meu lugar favorito é seu pescoço, ali posso inalar seu cheiro para sempre.

Eu não havia colocado um casaco, pois fomos dormir suando, mas como Lalisa sempre dorme depois, pelo visto havia colocado o moletom antes de cair no sono. Eu não estava com frio, o grosso edredom e os braços da minha esposa eram o suficiente para mim.

Cansada de ficar na mesma posição, por mais que estivesse muito bom, decidi me virar, abraçando minha mulher como se ela fosse uma mamãe urso. Seu involuntário me abraçou de volta, e foi ali que eu consegui dormir mais algumas horas sem o sol bater diretamente na minha cara.

Até que o alarme tocou, ele sempre tocava as 8. Fiquei ali por uns segundos grudada na minha tailandesa, na esperança de que ela fosse desligar aquilo e me dar mais cinco minutinhos como sempre fazia, mas hoje ela dormia como pedra. Nem o bip irritante podia acordá-la.

Suspirando pesado, levanto da cama, depois de me alongar, e desligo a música irritante que ficava no lado direito da cama, o lado que Lalisa dormia. Dou uma última olhada nela antes de ir para o banheiro da suíte, sua respiração pesada denunciava que ela muito provavelmente estava no tal sono rem.

Sempre que não estou de plantão, fica sob minha responsabilidade acordar as crianças, alimentá-las e levá-las para a escola. Lisa geralmente me ajudava, mas hoje por algum motivo ela dormia igual pedra.

Antes de sair do quarto, vou em direção à cama, beijando sua cabeça e checando seus sinais vitais, nunca se sabe. Bom, viva ela estava. Só devia estar muito cansada mesmo. Saí com cuidado para não acordá-la e fui para o primeiro quarto, aquele que é mais perto do meu, o do Harry.

Abri a porta com cuidado para não assustá-lo e caminhei até sentar ao seu lado em sua cama de solteiro.

Meu filho era minimalista, o quarto da maioria das crianças da sua idade seria azul e cheio de coisas, tipo posters, carrinhos e várias prateleiras com bonecos de super-herói. Mas Harry não ligava para nada disso, seu quarto era mais simples que eu o meu, tinha sua cama de solteiro no meio, na esquerda uma escrivaninha para estudos com seu notebook ali e do outro lado dois puffs grandes e uma tv com seu vídeo game.

Era isso.

Quando ele era pequeno, tinha uma cama de trem, ele era apaixonado por trens, mas com o tempo ele enjoou, e agora não tem hobby algum. Por isso eu digo para Lalisa que devíamos introduzi-lo em alguma coisa, fazê-lo descobrir o que gosta, ele parece um velho de noventa anos sem perspectiva de vida.

Com todo carinho do mundo, beijo o topo de sua cabeça e o chacoalho devagar, fazendo um carinho nos seus fios lisos até ele acordar. O que não demorou a acontecer, Harry é definitivamente o que menos me dá trabalho.

Ao acordar, ele me olha com os olhinhos quase fechando e me abraça antes mesmo de dizer qualquer coisa. Afago seus cabelos, sentindo o cheiro do shampoo que ele tanto amava, e digo após beijar o topo de sua cabeça de novo: — Bom dia, meu amor.

— Bom dia, mamãe — saindo do abraço, ele rapidamente se alonga, imitando minha rotina matinal, e sai do quarto para ir para o banheiro, vou atrás dele só para fazer uma pergunta.

— Sua mochila já está arrumada?

— Já sim mamãe, arrumei ontem de noite — responde, pegando sua escova de dente.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Jul 03 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Only One 💫 Chaelisa 🔫Onde histórias criam vida. Descubra agora