Perdemos mais um

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Quem morre hoje?

Sintam-se à vontade pra comentar e extravasar a raiva de vocês nesse capítulo, alguns vão precisar

Breves avisos:

Esse capítulo é pesado. Cuidado na hora de ler.

O capítulo tem passagens curtas por que a história é longa, esse cap tem quase 8 mil palavras.

Se vocês não conseguirem ligar os pontos vocês têm duas opções, reler os últimos 6 capitulos ou esperar o próximo e tentar entender, se muita gente ficar com dúvida no próximo eu faço uma recapitulação.

Do mais, evitem ler com muito sono ou ocupados com alguma coisa, tentem se conectar ao máximo com os ambientes, entrem na história e divirtam-se.

Dicionário:

Metuendo: que dá medo

Torvo: terrível, que causa terror

Açoite: chicote

Desfibrilador: é o aparelho usado para, no caso de uma parada cardiorrespiratória, restabelecer o ritmo cardíaco do paciente. Ele emite uma carga elétrica moderada no coração.

Protervo: Imprudente

Incivil: maleducado

Trincheira: Grandes valas cavadas no solo pelos próprios soldados, formando um corredor ou uma linha de defesa.

Bramido: Grito.

AS CENAS A SEGUIR SÃO FICTÍCIAS E NÃO TEM NENHUM COMPROMISSO COM A REALIDADE. 

Boa leitura 💚🐦

Owerri, Nigéria, 12:46

A sala era um quadrado perfeito de 10 metros quadrados. Paredes cinzas metálicas contribuíam para o aspecto torvo e metuendo do lugar. Era macabro, sinistro, e emanava uma energia pesadíssima.

Estavam no subsolo, em uma parte secreta que ninguém por ali sabia da existência. Ninguém a encontraria.

No canto extremo direito, uma mesa retangular de metal com açoites, navalhas, uma chave de grifo, um porrete, uma adaga e um aparelho de choque. Também havia um kit médico para reviver a soldado, o que já havia acontecido duas vezes enquanto estavam ali.

No chão, seringas usadas começavam a fazer uma pilha. Todos os instrumentos de tortura estavam ensanguentados e a preocupação de Ayo agora era limpar cada um deles. Não havia feito nenhuma pergunta, não era seu propósito ali, não tinha dito nada até agora, apenas torturado sem dó nem piedade a troco de nada, apenas para sua felicidade.

A Soldado estava presa na parede, suas mãos estavam esticadas, presas por um cinto de couro, cada braço estava aberto deixando-a completamente indefesa. Enquanto suas pernas estavam soltas, mas não tocavam o chão.

— Por... que? — Lalisa perguntou com dificuldade, ainda se recuperando da última parada cardíaca. — Por que- fe — Tentava gesticular, mas estava fraca demais. — Is- 

E apagou. Sua cabeça pendeu para baixo com força e o monitor de batimentos cardíacos apitou indicando o pior. Ela estava tendo outra parada cardíaca.

— Porra. Você não era forte? — Reclamou consigo mesmo, se levantando, pegando outra seringa e injetando adrenalina sem dó no pescoço da mais nova. 

Mas dessa vez não tinha funcionado. Ficando nervoso, o nigeriano pegou seu desfibrilador arrebentando os botões da farda da Soldado e posicionando-o em seu peito. Ele emitiu a carga elétrica necessária, mas o coração não respondeu, tentou duas, três, até quatro vezes, mas nada.

Only One 💫 Chaelisa 🔫Onde histórias criam vida. Descubra agora