|CAPÍTULO - 04|

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O dia da alta então chegou e eu não me encontro com nenhuma expectativa de sair desse hospital como estava quando o meu mundo ainda não havia desabado

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O dia da alta então chegou e eu não me encontro com nenhuma expectativa de sair desse hospital como estava quando o meu mundo ainda não havia desabado. Durante os últimos dias que fiquei resguardada, sob os cuidados mais abrasivos da médica para que eu melhorasse mais rápido, eu não fiz nada a não ser me deixar ser medicada, comer para não ficar desmaiando ou apresentando um forte grau de fraqueza, e respondia o necessário, quando necessário.

Louise veio alguns dias aqui, ela tentou desviar a minha mente da realidade fática, mas eu só fingia estar saindo, para que ela não ficasse preocupada e acabasse desfocando-se da sua nova responsabilidade como a de sub e esposa do Capo; as tarefas a ela incumbidas estão se refletindo fortemente em seu comportamento, suas ações e aparência física; eu imagino que não está sendo fácil lidar com o trabalho e ter que dar conta dos filhos que ainda são tão bebezinhos, então faço de tudo para poupá-la de ter mais um encosto sob suas costas.

Minha irmã Louise estava e está sobrecarregada, então eu estaria sendo egoísta e maldosa demais se eu chegasse para ela e confidenciasse que eu não estou bem, não estou feliz... Eu estaria sendo o que tanto ouvia ser chamada, eu estaria sendo uma garota mimada que não consegue lidar com o fato de que foi burra, idiota, que se cegou para a realidade que se descortinava, contudo, preferiu acreditar que não estava acontecendo mudanças verdadeiras e era só mais uma coisa de uma mente insegura que acreditava que o que estava bom poderia não dar certo e por isso se esforçou para acreditar na porcaria de um conto onde não existe finais felizes.

Burra...

Final feliz, como eu podia acreditar nisso, vivendo onde vivo?

Falar que isso existe dentro da máfia é a mesma coisa de dizer que acredita em fadas e nesses seres místicos.

É só olhar ao arredor e ver que o glamour que encanta os que estão do outro lado — longe de viver nessa realidade — não é compensador mediante tudo de nojento que acontece; a fome pelo poder cega os homens e eles fazem de tudo para conquistar covardemente suas posições mais altas, já que conseguir pelo caminho do esforço é muito mais difícil do que simplesmente fazer como o Adan, por exemplo, fez.

Adan...

Esse maldito esteve em meus pensamentos durante todo o tempo em que fiquei acordada... Ele só saia quando eu ia dormir, contudo, nos sonhos, outro pesadelo me consumia e eu não conseguia ter paz acordada, muito menos dormindo; a imagem desfocada do homem ao qual fui vendida como um mero objeto descartável e negocial, apareceu sem mais, nem menos. No pesadelo, um homem robusto tentava me tocar sem o meu consentimento e sem que eu controlasse o meu próprio pesadelo, ele acabava conseguindo, de fato, fazer o que tanto queria... Entretanto, em meio ao desespero da violência, em meio ao choro e pedidos para que parasse, o rosto de outra pessoa aparecia, não era mais o embaçar que dominava o rosto, depois de muito gritar para que não me abusasse mais, a imagem que aparecia em cima de mim era a do Fillipo.

SUBJUGADA PELAS LEIS DA MÁFIA - SEQUÊNCIA I/FAMÍLIA COSTELLO IOnde histórias criam vida. Descubra agora