Serena Pellegrini, uma garota criada dentro de uma redoma resistente, mas que está prestes a declinar depois que verdades foram descobertas e passados trazidos à tona, vai tentar de tudo para não cumprir com a obrigação de ter que seguir com os mand...
Um coração que se enche como um aterro sanitário Um emprego que te mata devagarinho Feridas que não cicatrizam
Você parece tão cansado, infeliz Derrube o governo Eles não Eles não nos representam
Eu vou levar uma vida tranquila Aperto de mãos, negócio fechado com monóxido de carbono
Sem alardes e sem surpresas Sem alardes e sem surpresas Sem alardes e sem surpresas
Em silêncio Em silêncio
Este é o último dos meus chiliques Minha cólica derradeira
Sem alardes e sem surpresas Sem alardes e sem surpresas Sem alardes e sem surpresas Por favor
Que casa encantadora E que jardim encantador
Sem alardes e sem surpresas (me tira daqui) Sem alardes e sem surpresas (me tira daqui) Sem alardes e sem surpresas (me tira daqui) Por favor
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E em um piscar de olhos, o tempo voou...
A semana se passou e faltam algumas horas para eu sair dessa casa. Um filme de tudo que passei aqui ronda a minha cabeça enquanto organizo meus objetos na bolsa de viagem; guardo alguns itens de higiene e solto um suspiro, virando o rosto para o lado da porta.
Por ser cedo me permiti fechá-la, para não ter a surpresa de ter o meu pai entrando silencioso, vendo o que estou levando dentro dessa mala em especial. Guardo nela todos os meus cadernos, uns já estão úmidos e com algumas folhas coladas por ficarem muito tempo dentro do meu esconderijo que permaneceu secreto, só por um milagre. Milagre ou porque o Lorenzo nunca pensou que eu fosse fazer algo assim para guardar livros bobos que cresceram comigo contando e desenhando neles todos os meus sentimentos, divididos por dia, mês e ano.
Organizo tudo e fecho a bolsa, colocando-a junto as outras e sigo em seguida ao banheiro para tomar logo um banho e ficar pronta, esperando apenas a hora em que serei chamada para partir.
Me dispo com uma lentidão preguiçosa, com a mente rodando em um turbilhão de sentimentos; felicidade, tristeza, medo, ansiedade, e muita expectativa de fazer tudo dar certo caso a gente siga pelos lugares certos.
Olho meu corpo através do espelho e é impossível não deixar de perceber o quanto as manchas arroxeadas já desapareceram e agora estão levemente esverdeadas, e, em locais onde foram menos afetados já ficou amarelado; não sei se isso é bom ou não, mas meu organismo sempre teve uma resposta mais do que positiva para a regeneração da pele e de qualquer ferida que eu tinha. Uma vez cai e bati os joelhos no chão áspero, e no outro dia ao redor da ferida já estava criando em quase sua totalidade a casquinha protetiva. Agora não seria diferente e aproveitando-se disso, o meu pai fez o que fez porque sabia que com pouco tempo, e ainda sob os efeitos de pomadas e medicamentos, o meu metabolismo já acelerado, apenas ficaria ainda mais forte.