|CAPÍTULO - 18|

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Acordo de sobressalto, ao escutar o barulho intenso da rajada do trovão

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Acordo de sobressalto, ao escutar o barulho intenso da rajada do trovão.

— A senhorita tem medo de trovão? — Olho para o lado, acompanhando o som da voz da senhora, e vejo-a depositando uma bandeja no criado mudo. — Serena, pode falar comigo. Eu não sou a figura mal da história.

— Claro que não é, mas se eu falar qualquer coisa a senhora vai correndo contar para o meu pai. — Digo e estremeço, fechando os olhos, sentindo o meu coração acelerar quando outro trovão irrompe o céu tempestuoso. — Está chovendo muito forte. — Falo, ouvindo o barulho forte da chuva e vendo pelas frestas da janela o tempo escuro clareando com os relâmpagos.

— Sim, está intenso mesmo. Não precisa ter medo disso, o trovão não machucará você. Está abrigada, protegida e segura.

Protegida? — Olho-a e solto um suspiro cansado. — O medo de trovão pode ser irracional. Porém, as vezes, medos irracionais como o de uma chuva forte, pode estar relacionado ao que nossas mentes o associam. As vezes... o medo é associado a lembranças de momentos ruins em que a chuva, os trovões e qualquer barulho mais alto ajudava pessoas ruins, a fazerem coisas horríveis, aproveitando-se desse... — Interrompo a minha fala quando um trovão mais alto e demorado explode no céu e me causa um pânico que tento disfarçar, mas não é tão fácil esconder que ouvir os trovões me deixam apavorada. — desse som monstruoso e assustador.

— O seu medo é irracional apenas ou é associado a algo que fizeram com você?

— Tire suas próprias conclusões. — Falo sem emoção alguma, virando o rosto para frente, e me sento devagar quando ela se aproxima com água e remédios.

Pego os remédios e os tomo, tomando a água em dois goles.

— Beba mais água e coma, esses remédios agridem muito o fígado. Não dá para tomá-los de barriga vazia, você está sem comer a mais de doze horas.

— Doze horas? — Pergunto incrédula afim de confirmar o que ouvi. — Que horas são?

— Sete horas. Você dormiu o dia e tarde inteira. — Ela ajeita a bandeja em meu colo e se senta na ponta da cama. Com um suspirar forte, a senhora de cabelos grisalhos e pele madura, com algumas veias esverdeadas sobressaltadas na testa e abaixo dos olhos, olha para mim e pelo quarto está só com o abajur ligado, vejo em seu olhar cristalino apenas o brilho deles focados em mim. — Eu não liguei para o seu pai, nem falei do seu ataque de fúria. Eu sou apenas uma contratada por ele, mas não posso fazer muita coisa porque ele mantém sob ameaça minha família e eles são as únicas coisas que eu tenho e preservo. Eu sei que homens como o seu pai são capazes de tudo, por isso eu tive que mentir quando a sua irmã, a Louise, ligou preocupada e perguntou para mim se eu tinha visto mesmo você cair. Com um aperto no peito eu tive que dizer que sim, seu pai mantém o meu celular grampeado. Ele vê todas as mensagens de seus funcionários. Um dia desses perdemos uma funcionária por besteira que ela fez, imagina o que ele faria comigo e com os meus filhos e netos se eu dissesse o contrário do que ele queria?

SUBJUGADA PELAS LEIS DA MÁFIA - SEQUÊNCIA I/FAMÍLIA COSTELLO IOnde histórias criam vida. Descubra agora