|CAPÍTULO - 43|

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Vou até a cadeira um pouco afastada da mesa do Vincenzo, após todo o barulho da porta se fechando e os olhos dele caindo em peso sob o meu rosto, e apenas encosto as panturrilhas, não querendo sentar por desejar expressar, silenciosamente, que não...

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Vou até a cadeira um pouco afastada da mesa do Vincenzo, após todo o barulho da porta se fechando e os olhos dele caindo em peso sob o meu rosto, e apenas encosto as panturrilhas, não querendo sentar por desejar expressar, silenciosamente, que não quero ficar aqui por muito mais do que o tempo necessário; Vincenzo não desviou o seu olhar frio e mal-humorado dos meus olhos e isso está me deixando agoniada e com uma vontade infantil de fechar os olhos, virar as costas, e sair, sem olhar para trás, do ambiente daquele que me amedronta tanto.

Entrelaço os dedos na frente da barriga e engolindo a vontade involuntária de respirar fundo, pisco suavemente e o olho atentamente, esperando o desenrolar de uma conversa que não acredito que vá ser uma das mais agradáveis.

— Senta! — Ele ordena, rispidamente, meneando com a cabeça na direção da cadeira em que estou encostada.

— Estou bem assim... — Não falo de forma presunçosa, ou desafiadora, até sinto minha garganta tremer na formulação do que eu disse. Eu apenas não quero me sentar, por realmente me sentir mais confortável estando em pé, numa altura que ele não vai me intimidar tanto quanto estivesse sentada.

— Eu disse para se sentar na porra da cadeira! — Ele se levanta, apoiando as mãos na mesa, arrastando a cadeira com o levantar súbito e grosseiro. Os muito centímetros a mais me fazem encolher e esticar o pescoço para acompanhar o seu corpo curvado para frente, me olhando com ainda mais severidade e impaciência.

Engolindo em seco, sento devagar e me xingo mentalmente por não conseguir controlar o meu corpo apavorado, tremendo com a figura gigante do homem a minha frente.

— Se fosse qualquer outra menina da sua idade, bastavam algumas palavras para eu ter certeza de que me obedeceria. Mas você é a porra de uma ninfeta imbecil que precisa de ordens escritas em um papel para entender que quem manda em tudo aqui, sou eu! — Ele fica ereto, com a expressão ainda mais fechada e empurra um papel timbrado, de fundo preto, com as iniciais FC, e ao lado o nome Fazenda Costello, assuntos jurídicos. Mais embaixo da linha divisória com a imagem dos cavalos escupidos na porta da fazenda, há uma série de cláusulas que me fazem instantaneamente franzir a testa e sentir uma sensação estranha, assim que meus olhos batem no objeto do contrato. Na verdade, um misto de contrariedade com o início e alívio quando leio rapidamente o final redigido.

Cláusula 1 - DO OBJETO

𝙲𝚊𝚜𝚊𝚖𝚎𝚗𝚝𝚘 𝚎𝚡𝚌𝚕𝚞𝚜𝚒𝚟𝚘, 𝚌𝚘𝚖 𝚘 𝚏𝚒𝚝𝚘 𝚞́𝚗𝚒𝚌𝚘 𝚍𝚎 𝚜𝚎𝚕𝚊𝚛 𝚞𝚖 𝚊𝚌𝚘𝚛𝚍𝚘 𝚗𝚎𝚐𝚘𝚌𝚒𝚊𝚕 𝚟𝚒𝚜𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚊𝚙𝚎𝚗𝚊𝚜 𝚏𝚒𝚗𝚜 𝚕𝚞𝚌𝚛𝚊𝚝𝚒𝚟𝚘𝚜, 𝚜𝚎𝚖 𝚊 𝚘𝚋𝚛𝚒𝚐𝚊𝚌̧𝚊̃𝚘 𝚍𝚊 𝚌𝚘𝚗𝚜𝚞𝚖𝚊𝚌̧𝚊̃𝚘 𝚘𝚞 𝚊𝚙𝚛𝚘𝚡𝚒𝚖𝚊𝚌̧𝚊̃𝚘 𝚊𝚏𝚎𝚝𝚒𝚟𝚊 𝚍𝚎 𝚊𝚖𝚋𝚊𝚜 𝚊𝚜 𝚙𝚊𝚛𝚝𝚎𝚜.

SUBJUGADA PELAS LEIS DA MÁFIA - SEQUÊNCIA I/FAMÍLIA COSTELLO IOnde histórias criam vida. Descubra agora