(Seu nome)
Eram aproximadamente 7h30 da manhã quando acordei, fiquei por alguns minutos na cama olhando para a janela antes de me levantar. Meus dias costumavam serem repetitivos desde que me mudei pra cá, o que às vezes me causava um mau humor terrível. Esses são os momentos que eu me lembro do Jake, cada dia com ele era uma novidade, íamos dormir sabendo de todas as possibilidades de riscos que poderíamos correr no dia seguinte. Eu gostava daquela sensação, de estar com alguém que jamais me causaria tédio, de sentir aquela adrenalina e frio na barriga todos os dias. Droga, eu sinto tanta falta dele.
Depois de me levantar, caminhei preguiçosamente até a cozinha onde encontrei Jessy, Lilly e Khay. As três estavam comendo quando eu cheguei e cumprimentei cada uma delas, depois me sentei para comer também.
— Você não está com uma cara nada boa — comentou Jessy, sussurrando no meu ouvido.
— Só não acordei num humor tão bom quanto nos outros dias — sussurrei de volta.
Jessy se virou para mim e sorriu, ela entendia que eu tinha os meus momentos. Ela acariciou minha coxa e deixou um beijo na minha bochecha antes de se levantar, depois me abraçou por trás e continuou deixando beijos por todo o meu rosto.
— Isso ajuda a te deixar pelo menos com um sorriso? — perguntou próximo ao meu ouvido, me causando um leve arrepio.
— Ajuda muito — respondi com um grande sorriso no rosto. Jessy sempre foi carinhosa comigo, mas nos anos que passamos morando juntas, ela ficou ainda mais.
— Ótimo, gosto do seu sorriso — ela passou a mão pelo meu rosto uma última vez e deixou um selinho na ponta do meu nariz. — Tenho que ir, tô atrasada. Te vejo de noite?
— Sim, não demora pra voltar.
— Não vou, eu prometo.
Jessy se despediu de nós três e depois saiu de casa, fiquei encarando a porta fechada com um sorriso bobo e depois me virei para frente de novo, percebendo que Lilly me olhava com um sorriso perverso em seu rosto.
— Devo espalhar bandeiras coloridas pela casa ou não? — perguntou Lilly, irônica.
— O quê? Eu não entendi.
— Ah, deixa pra lá — ela se levantou da mesa e colocou sua garrafa de café na bolsa, depois deu um beijo na cabeça da sua filha que ainda estava comendo e se preparou para sair. — Pode deixar ela na creche pra mim hoje? Tenho umas coisas pra resolver agora e fica fora de mão pra mim.
— É claro.
— Obrigada, até mais tarde.
Fiquei sozinha em casa com a minha afilhada, sorri fraco para ela e esperei que terminasse de comer. Quando estávamos prontas, tirei o meu carro da garagem e a ajustei na cadeirinha para levá-la até a creche, o caminho foi silencioso porque ela se concentrou no seu joguinho eletrônico. Meus olhos foram até o chaveiro que eu sempre deixava pendurado no espelho, era o olho que representava o Nymos. Eu mesma mandei o confeccionar para guardar de lembrança, era uma coisa simples, mas que sempre me fazia voltar para o Jake.
Ao chegar na creche, deixei a minha sobrinha lá dentro e voltei para a rua. Eu estava concentrada no meu celular enviando uma mensagem para Lilly avisando que a filha dela já estava na creche, mas antes de entrar no carro, reparei um bilhete deixado no para-brisa. Dei a volta pelo carro e o peguei, olhando ao redor da rua para saber se quem deixou ainda estava ali, mas todas as pessoas que passavam agiam normalmente. Antes de voltar para o carro, abri o papel e li o que estava escrito.
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Eu Sempre Soube - Parte 2 (DUSKWOOD)
RomanceJuntos depois de seis anos. Com a sua fuga, Jake usa essa oportunidade para reconquistar a sua antiga amada, mas as coisas saem do planejado quando uma lenda supostamente resolvida volta a atormentá-los. As ameaças voltam piores que antes, o casal é...