Capítulo 23 - Um nome.

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Jake

Três dias que pareciam uma eternidade, me isolei nessa casa e queria saber apenas em como a minha namorada estava. Acompanhei as investigações da polícia de perto, os incompetentes não estavam nem perto de encontrar Michael. Como não depende do péssimo serviço deles, resolvi as coisas do meu jeito. De câmera em câmera, anotando horários por onde vi Michael correndo. Ele tem o conhecimento dos pontos cegos, onde não tem câmeras de segurança, mas isso não me impediu de continuar as minhas buscas.

Minha irmã me contou sobre o rastreador no carro, me fazendo questionar o quanto fui burro de não perceber aquilo antes. Durante o nosso desespero na casa do desafio, ele teve tempo o suficiente para implantar o rastreador no nosso carro. Isso era tão óbvio, e não consegui perceber na hora.

Ninguém estava em segurança naquele momento, Michael pode aparecer a qualquer hora mesmo sendo procurado. Dan estava no hospital com S/n, garantindo que ninguém que não seja um conhecido a visite. Minha sobrinha continua com a avó. Jessica e Lilly passam o dia juntas, com uma arma para se proteger. Darkness voltou para a sua cidade, ele tem emprego e vida pessoal, mas garantiu que estava bem. Mesmo com a proteção de Dan, sinto que S/n ainda não estava segura naquele hospital. Tenho vontade de tirar ela se lá quando estiver recuperada, trazer ela pra morar comigo e a proteger. O que eu esqueci foi que Alan enviou uma patrulha para frente do hospital, a deixando um pouco mais segura, mas muito mais distante de mim.

Câmeras de segurança foram instaladas frente a casa da Lilly e da S/n, tenho acesso a todas elas e fico atento a qualquer movimento perto da casa delas. Isso é tudo que eu podia fazer, o resto ficou nas mãos do restante do grupo.

Dan

Sentado na sala de espera, fiquei em alerta com todo mundo que ali entrava. Policiais estavam em frente ao hospital, mas nunca tive motivos para confiar neles. Sinto uma mão tocando o meu ombro, percebo o homem de jaleco no meu lado.

— Ela acordou, pediu para falar com você — disse a enfermeira. — Uma visita rápida não fará mal já que está aqui há um bom tempo, ela precisa de algum rosto conhecido.

A acompanhei até o quarto onde S/n estava, me permiti ficar aliviado quando vi que ela estava bem.

— Você me deu o maior susto, garota.

— Vem, me dê um abraço.

Passo os meus braços delicadamente por volta dela, uma sensação de alívio imenso me invade, toda a preocupação que eu senti por dias havia desaparecido.

— Você sabe como o Jake está? — ela pergunta baixo.

— Ele já te contou?

— Ouvi o áudio que ele me mandou há uns dias. Fiquei triste na hora, porque eu precisava dele aqui comigo, mas depois eu entendi o lado dele.

— Ele me pediu pra te dizer umas coisas, mas creio que você já saiba — forcei a minha memória, tentando lembrar as palavras exatas. — Jake disse que não vai demorar pra voltar, pediu que você não se preocupe com ele. Também para ficar sempre com o seu celular, e que ele te ama muito.

— Obrigada, Dan — ela aperta a minha mão e uma única lágrima desce pelo seu rosto. — Eu vou fazer o que ele pediu.

— Você precisa de alguma coisa? Eu posso conseguir o que você quiser.

— Só fala pra Lilly e pra Jessy que eu estou bem — S/n enxuga o rosto. — Avisa que elas devem se preocupar só com a segurança delas. Eu não vou demorar muito para voltar pra minha casa.

— Pode deixar!

O tempo de visita esgotou depois de mais um tempo que passamos conversando, me despedi dela e saí do quarto. Ela me pediu para ir pra casa, descansar e a visitar depois. Como os policiais continuavam no hospital, pude ir tranquilo, os médicos também foram alertados sobre isso. Quando cheguei em casa, a minha esposa eatava na sala, então a contei tudo que aconteceu hoje. Lilly ficou feliz quando soube notícias da S/n, iria a visitar no dia seguinte.

Eu Sempre Soube - Parte 2 (DUSKWOOD)Onde histórias criam vida. Descubra agora