Emancipation [ TRADUÇÃO ]

Revelações do Inferno pt1

Janeiro passou para fevereiro em uma rotina relativamente pacífica e Harry teve a impressão de que ele deveria saber em retrospecto. Tinha sido muito pacífico. Dumbledore não havia feito sua jogada na época, nem Voldemort, então o problema os pegou de surpresa vindo de uma fonte inesperada, Ronald Bilius Weasley.

Para encurtar a história, ele de alguma forma conseguiu seguir Hermione sem ser detectado no Dia dos Namorados e a pegou beijando Theodore em um corredor deserto do castelo. Em vez de explodir ali mesmo, porém, ele fez a coisa incrivelmente sorrateira e relatou a Dumbledore imediatamente, fazendo parecer que ele tinha visto Theodore chantageando e quase se forçando a ela enquanto dizia que ela não tinha outra escolha a não ser casar com ele, já que ninguém mais a quereria como uma nascida trouxa de qualquer maneira.

No entanto, Dumbledore não apenas engoliu isso, mas levou o assunto muito a sério, muito mais a sério do que Ron esperava. Ele esperava, aparentemente, que o Diretor lidasse com seu rival em silêncio e em particular. Em vez disso, ele convocou os quatro chefes da casa, bem como o suposto infrator e a vítima, ao seu escritório e iniciou um tribunal imediato onde Ron foi chamado para depor. Desnecessário dizer que o resultado não apresentou Ron sob uma luz muito boa aos olhos do presente. McGonagall em particular estava pronta para cuspir fogo e o suspendeu do Quadribol pelo resto do ano, pessoalmente ofendida por um dos seus se rebaixar a espalhar uma calúnia tão hedionda.

Sentindo-se rancoroso, Ron revelou a identidade do “noivo” de Hermione no meio da sala comunal da Grifinória na mesma noite, ganhando uma semana de detenção. Pensando nisso, Harry ficou feliz por não ficar mais lá ou poderia tê-lo matado na hora. Ginny, no entanto, não teve tais escrúpulos, não apenas enfeitiçando as luzes do dia dele, mas escrevendo para casa expresso. Harry havia se perguntado por que tanta pressa no início, até que se lembrou de que, ao fazê-lo, Rony não havia ofendido apenas Hermione e Theodore, mas na verdade o chefe da Casa Nott e sua esposa “ser”, o que justificaria um desafio para um duelo de magos. Consequentemente, os pais Weasley chegaram à escola na manhã seguinte oferecendo um pedido formal de desculpas público em nome de sua família, que foi graciosamente aceito. e tirar Ron da escola pelo resto do fim de semana. Harry certamente não o invejava.

Dizer que Hogwarts inteira estava bastante animada com o drama social se desenrolando diante de seus olhos seria um eufemismo. A videira estava tendo um dia de campo e Harry só podia imaginar como seria o Profeta de segunda-feira de manhã ou pior, o Semanário das Bruxas, com aquelas referências doentiamente doces de Romeu e Julieta voando por aí. Se já era tão ruim assim, ele não queria saber o que aconteceria quando descobrissem sobre Draco e Gina. A julgar por seus rostos, nem aqueles dois.

Theodore e Hermione estavam escondidos nos novos aposentos da família de Harry e Severus no momento e ficariam no quarto de hóspedes lá até segunda de manhã, no mínimo. Harry suspirou e balançou a cabeça em leve diversão, sorrindo para si mesmo apesar de tudo. As pessoas sempre seriam pessoas, não importa se mágicas ou não. Severus deu um beijo em seus lábios concordando sem palavras com ele.

*

"Você sabia."

Draco sorriu com a sensação de déjà vu sentado com Blaise e Daphne na sala comunal da Sonserina na noite de sábado, que estava animada novamente.

"Eu fiz." Não adiantava negar.

Daphne bufou e cruzou os braços em aborrecimento. Blaise, porém, apenas levantou uma sobrancelha esperando por uma explicação.