Porvoo

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Andi POV

 1 mês depois, Setembro, 08:40 a.m.


 Porvoo. A cidade mais antiga do país. Meu destino com a Emília foi a Finlândia. Outro destino europeu, um pouco mais gélido e medieval. As ruas de pedra, me lembravam Córsega, as casas são coloridas e as pessoas também são antigas e mais velhas.

 Contém, aproximadamente, quarenta e seis mil habitantes e como chegamos no inverno, está extremamente frio com temperaturas negativas. Muito diferente do que eu estou acostumada, com o calor incessante do México, Colômbia e até de Córsega.

 Estamos morando em um apartamento de dois quartos, um banheiro e uma pequena sacada de frente para o grande rio que ultrapassa pela cidade. 

 No inicio achei que seria difícil me adaptar, mas aos poucos tudo tem se encaixado.

 Emília conseguiu seu emprego de volta, a DEA explicou e comprovou toda a situação e eles aceitaram tranquilamente. 

 Ela tem trabalhado de casa, desenhando e criando algo novo todos os dias, também administrando sua equipe.

 E eu fico em casa, observando o movimento das pessoas, ajudando-a quando preciso, fazendo tarefas no apartamento e assim segue sendo meu dia. 

 Na verdade, eu me tornei um nada, literalmente.

— Andi, eu estou tão ansiosa! - Emília diz empolgada enquanto arruma seu blazer - Você tem certeza que está tudo bem?

— Sim, mi amor! - respondi observando-a - Fica tranquila, eu vou ficar bem e agasalhe-se, acho que só esse blazer não vai ser suficiente

 O chefe de Emília, finalmente conseguiu trazer a equipe até Porvoo. Eles iriam ficar por três semanas para organizar e trabalhar em algumas coisas que eu não entendo, mas era importante para ela.

— Verdade, vou pegar um moletom mais quente - ela diz indo pegar - Eu vou ficar com o meu celular na mão o tempo todo, se você precisar de algo é só...

— Emília, para! - falei interrompendo-a - Não se preocupe, não precisa ficar com o celular na mão, vai te atrapalhar... 

— Não, vai ser tranquilo - ela diz - É só porque vai ser seu primeiro dia sozinha, desde tudo o que aconteceu...

— Não vou estragar o seu momento, eu sei me cuidar sozinha - disse abraçando-a - Não vou precisar de nada, porque ficarei em casa assistindo televisão e quando você chegar estarei esperando para te encher de beijos e ouvir sobre sua experiencia maravilhosa

— Tá bom, quer me levar lá embaixo? - ela perguntou

— Ah...Sabe, eu n...

— Tudo bem, eu me despeço aqui mesmo - ela disse selando nossos lábios calmamente - Eu venho para o almoço ao meio-dia!

— Você é maravilhosa! Arrasa lá! - gritei ao vê-la sair, ela gargalhou e acenou uma última vez antes de fechar a porta

 Fui até a sacada, poderia vê-la andar até um pedaço da rua e quando ela desceu, logo olhou para cima e me viu. Emília começou a gargalhar ao me ver lá de baixo e acenou várias vezes. Até virar na esquina e eu a perder de vista.

 Agora era somente eu e eu. Caramba. Era meio assustador. Mas acho que eu consigo sobreviver.


(...)


Uma semana depois, sexta-feira, 16:00 p.m.

Amor de Verão (Endi) - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora