A Sós

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Assim que guardamos meu presente, Edd chega com Tord.

Matt - Salvo pelo gongo! - Cochicha pra mim antes de ir cumprimentar Edd e Tord.

Sem muito o que fazer, fico observando o reencontro dos caras até Tom começar a me puxar pela mão.

- O que foi? - Ele ignorou minha pergunta. - Tom o que foi?... Eu tô falando com você!

Ele continuou em silêncio até chegarmos ao nosso quarto. Me sentei na cama, na parte de cima, enquanto ele fechava a porta.

- O que foi, gatinho?

Tom - O que foi que eu tô carente e não era pra eu me sentir assim namorando! E outra, você só soube falar do Tord hoje... - Ele se sentou na ponta da cama tirando os tênis.

- Ah, não me diga que está com ciúmes! - Disse sorrindo.

Tom - N-não é... Ciúmes. É só que eu sinto falta de um tempo a sós com você.

- Estamos quase sempre sozinhos.

Tom - Mas não o suficiente.

- Awn, não fica assim gostosura... Eu só falei muito sobre o Tord por que amanhã é a festa dele e nós vamos demorar pra vê-lo de novo... E quanto a passarmos tempo a... - Tom me interrompeu.

Tom - Que? Como assim? - Se encostou na cabeceira da cama junto a mim.

- Ah é... Você não está sabendo... Tord vai sair de casa.

Tom - Sério?! - Pude ver um grande sorriso se formando em seu rosto.

- Sim... Ele quer seguir o sonho de ir pra cidade grande... Vai sair assim que fizermos sua festa.

Tom - Estranho... Ele nunca falou sobre esse tal sonho... Foda-se, isso é demais, ele vai sair!

- Meu Deus, o quanto vocês se odeiam?!

Tom - Muito. - Tom se deitou em meu peito mais uma vez e abraçou minha cintura.

- Me trouxe aqui pra te fazer cafuné? - Disse começando a o fazer.

Tom - Não, mas pode continuar, por que isso é muito bom... - Revirei os olhos internamente. - Eu sei que faz um tempo, mas eu não paro de pensar no por que você tava chorando aquele dia que me atacou lá no quintal.

Droga.

- Eu já te falei... Apenas... Imaginação fértil...


Tom - Não. A Tess que eu conheço é forte demais pra chorar por imaginação. - Por que ele tem de me conhecer tanto?!

- Tá bom, tá bom... Você tem razão, não foi só imaginação.

Tom - O que foi então?

- Eu... Eu me lembrei de como eu te achei aquele dia lá no banheiro... Eu fiquei mal por te ver daquele jeito... E ainda pôr quase toda a culpa em cima das suas costas.

Tom - É, isso dói tanto quanto esses machucados.

- Ah, não diga isso que eu sinto um aperto forte no coração...

Tom - Tá, foi mal.

- Mas olha eu... Eu também falei mais com o Tord sobre isso... Isso depois de perceber o quanto eu tava errada.

Tom - Brigou com ele tanto quanto brigou comigo?

- Sim... E eu acho até que ele teve mais consequências... - Tipo como sair de casa.

Tom se virou de barriga para cima, se deitando em cima de mim, me olhando. Começou a acariciar meu rosto.

Tom - Viu? Eu gosto quando você concerta seus erros... É por isso que eu quero que você continue errando.

- Você tem frases muito bonitas e reflexivas nessa cachola, né?

Ele deu de ombros.

Tom - Que bom que gosta delas.

Tom muda de posição mais uma vez. Se senta, encostado na cabeceira da cama, me colocando sentada entre suas pernas enquanto abraça meu tronco.

Tom - Agora... Podemos, por favor, esquecer do Tord e focar só em nós dois? - Ele começa a beijar meu pescoço e mordiscar o lóbulo da minha orelha.

Era impossível conseguir manter uma cara séria em momentos como esse.

- Ahm... Tá... E o que você pretende? - Pergunto ainda sorrindo.

Tom - Apenas te amar mais.

- Sim... Eu tô pronta.

•●By your side●• | Tom x LeitorOnde histórias criam vida. Descubra agora