𝐓𝐚𝐥𝐯𝐞𝐳 𝐞𝐦 𝐨𝐮𝐭𝐫𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚... - 𝓐𝓻𝓶𝓲𝓷 𝓐𝓻𝓵𝓮𝓻𝓽 -

1.1

Estou perdida na escuridão.

"Será que um dia poderei ver meus amigos novamente?", essa é a frase que se repete em minha mente.

Até que finalmente enxergo.
Enxergo a famosa luz ao fim do túnel.

Logo começo a correr, corro em desespero ao ver a luz sumir lentamente.
Estou quase me perdendo novamente, porém uma voz me chama, e ela fica mais forte a cada segundo que se passa.

- S/N! S/N!

- Marco? Você está vivo?

- S/N! S/N! - uma voz feminina me chama.

Mikasa?

- S/n, não vá... - escuto um sussuro vindo da Mikasa.

Olho para cima e aquela mesma luz pela qual estava atrás, cai sobre minha cabeça.

-...

Abro os olhos lentamente.
Eles ardem por conta da claridade em que se encontra o local.

Olho para o lado da cama e vejo Mikasa com a cabeça apoiada na cama, aparentemente dormindo.

Movo minha mão lentamente e posso em seus cabelos sedosos.
Ela lentamente abre os olhos e se espanta ao me ver.

Eu sou tão feia assim ao acordar?

-  S/n! Finalmente você acordou! - me abraçou forte.

- Ai! - solto um grunhido de dor e depois sorrio.

- Ah, me desculpe.

- Pode... me dar água? - peço.

Ela se levanta e pega o copo de água na mesinha ao lado.
Bebo o líquido rapidamente e lhe entrego o copo de volta.

- Por quanto tempo eu fiquei desacordada?

- Um mês.

Ao ouvir, me engasgo com minha própria saliva.

- Um mês? - arregalei os olhos.

- Sim, hoje era o seu último dia de vida. Amanhã iriamos te enterrar. - fala calmamente.

- Me enterrar? Mas eu não estava morta. E porque você está falando tão calma.

- Para nós estava. E eu só estou mais tranquila, já que você não está morta.

- E Marco? Onde ele está? - pergunto.

- Ele...não conseguiu sobreviver. - abaixou a cabeça.

As lágrimas inundam meu rosto e meu brilho some. Logo relembro de tudo o que aconteceu momentos antes de eu perder a consciência.

- sorrio - Não sei nem porque eu perguntei. - limpei as lágrimas - Eu já sabia mesmo.

Logo o sorriso se desmancha e as lágrimas caem sem parar.

Pela primeira vez, Mikasa toma a iniciativa e me abraça.

- Eu sinto muito S/n. - sussura.

- Mikasa, pode me deixar sozinha.
Por favor... - sussurro e ela sai.

Me deito novamente e flash's de toda a minha história com meu irmão e suas últimas palavras, vem atona.

Como? Como poderei seguir em frente sem você? Me diz...

Chorando, adormeço novamente.

Narradora:

S/n chora tanto que adormece novamente.
As saudades começam a bater em sua porta, pedindo para entrar.