Foi apenas uma noite

Capítulo 14

Pedro

Essa noite me encontrei com minha namorada que antes era amante. Jantamos e rimos como sempre fazíamos antes do sexo tórrido e safado. Mas, senti uma sensação estranha de angústia quando voltavamos para a casa dela.

- Querida eu vou deixar você em casa. - Vick virou seu rosto de súbito e fez a careta mais engraçada que já vi.

- Como assim? Está de sentindo mal? - ela me analisou cono um perito analisa uma obra.

- Preciso ver minha mãe. Prometi a ela que iria vê-la - menti. Afinal, se eu falasse que estava com uma sensação ruim,ela chuaparia meu pau e me faria esquecer de tudo.

- Ah se você prometeu então cumpra. Pode me deixar aqui e vá ver sua mãe. Estou perto de casa então posso ir andando. - acelerei o carro para chegar mais rápido na casa dela. Era perto da casa de minha mãe, mas a sensação ruim só aumentava.

- Vou deixar você em casa. Ponto. - ela me olhou de uma maneira estranha, como se eu tivesse chifres na cabeça, embora eu deva ter.

- Tá... Chegamos. Obrigado anjinho. Dê um beijo um sua mãe. - Vick desceu do carro assim que parei. Parecia que ela entendi o que eu estava sentindo.

- Durma bem querida, me desculpe pela pressa,e se cuide. -  joguei um beijo pra ela e ela sorriu. Acelerei o carro o máximo que pude. Alguma coisa está acontecendo com a minha mãe... Sinto isso.
Chegando perto de casa, vejo um carro da polícia parado em frenre a casa da minha mãe. Meu sangue gelou imaginando o pior. Deus... Minha mãe não... Minha mãe não...
Desci do carro e fui andando devagar para entrar em casa. Entrando na casa escuto a pior coisa que ja ouvi na vida.
Minha mãe foi estuprada?! Por quem quer que seje, e esse alguém esta aqui na frente dela e na certa é policia. Quando procurei minha mãe pelo cômodo da casa,vi o desgraçado a enforcando. Vi tudo vermelho de ódio. Corri pra cima dele e o arranquei de perto dela, o arremesso para cima da mesa e a mesma quebra. Minha mãe caiu no chão recuperando o ar, disse para ela ficar ali. Eu ia matar aquele desgraçado filho de uma puta. Vi a arma dele no chão,a peguei e apontei para a cabeça dele.
Posso ser o que for,um grande cretino, um escroto desgraçado, realmente eu não presto. Mas quando se trata da minha mãe e meu filho, aí o caldo engrossa e entorna em cima de quem falou ou fez a merda.

Depois de ameaçar Bastille, ele me diz que era policial e meu nojo por ele só aumentou. O mandei embora dali, antes atirei no joelho dele. Por ferir minha mãe de tantas formas e ainda vir procurá lá depois de tantos anos. Sim, depois que ele foi embora e fiquei abraçado a minha mãe, ela me contou tudo o que aconteceu.
Bastille era amigo do noivo de minha mãe. Ele sempre dava em cima dela, independente de ela ser noiva. Um dia, o noivo de minha mãe viu ele dando em cima dela e a amizade deles acabou ali. Porém, um dia antes do casamento de minha mãe, Bastille a procurou para pedir desculpas. O casamento de minha foi arruinado e a vida dela também, pelo fato de Bastille tomar o que quer e quando quer. No dia do ocorrido, havia neve por toda a cidade. Minha mãe e o noivo amavam o inverno, eles se conheceram assim. Cresci ouvindo essa história, mas a neve ficou manchada de sangue e horror para ele desde aquele dia até, o dia do meu nascimento.

Nunca vi minha mãe chorar por nada. Nem quando fiquei internado pra tirar o apêndice. Mas hoje, aquele canalha fez minha mãe chorar, descobri um passado sofrido que ela teve, e isso me fez pensar muito em quem eu sou e minhas atitudes.
Coloquei minha mãe para dormir e voltei para a cozinha, terminei de tirar os restos da mesa quebrada, os copos quebrados. Peguei uma mesa velha da garagem e coloquei na sala de jantar.
Olhei a foto que estava sobre a lareira, vi a familia que eu tinha,minha ex-mulher, meu filho e minha mãe. Eu tinha uma família, uma casa e uma vida boa. Mas, isso não era vida para mim. Quando fui morar com Rebecca, ela estava na faculdade, antes disso nós namoravamos como todo mundo. Claro que eu tinha apagado e terminado com minha ex, porque a coisa entre nós tinha ficado séria, e quando vimos essa oportunidade, não pensei duas vezes. Sempre quis isso, uma mulher gostosa e que fosse apaixonada por mim,um casal de filhos, uma casa num lugar tranquilo... Enfim, uma vida conjugal. Casar. Eu queria me casar. Fazer aquela comemoração, entrar na igreja e dizer o sim eterno para minha esposa.
Mas ela não queria casamento. Moravamos juntos a alguns anos e ela nunca quis se casar. No Brasil, quando moramos com nossa namorada ou vice e versa, ja estamos casados. Mas aqui fora a cultura é diferente. Eu sempre quis me casar,mas o não dela, jogou um balde de água fria em tudo que eu sonhava.
Depois que ela teve nosso filho, a nossa relação se tornou mais pesada. Brigávamos quase o tempo todo. Ela cuidava do Samuca e da casa. Mas nossa relação, não tinha mais. Minha mãe ajudou ela em quase tudo. Rebecca tinha feito cesariana, então ela deveria ficar de repouso. Então quando minha mãe não ficava com o bebê, eu ficava enquanto Becca tomava banho e se alimentava. Depois que vi essa cena, vi estava sendo um completo cuzão. Então ajudei minha esposa em tudo que eu pudia. Fazia comida, arrumava a casa, pegava o bebê e brincava com ele, nas crises de cólica ela dava remédio e eu ficava com ele minando em cima da minha barriga. Assim ele dormia. Com o passar do tempo, esse aconchego me aproximou mais do meu filho e da minha esposa. Ela ficou mais feliz, mais radiante. Um dia tentamos ter um momento só nosso, mas na hora H, seu corpo estava horrível. Tinha marcas que antes não tinham, tinha um hematoma perto do umbigo, a barriga caída e flácida, seios enormes e uma lingerie de vovó. Mas ainda assim, ficamos naquela noite. Fizemos com menos frequência, porque o bebê acordava de duas em duas horas para mamar. Então as coisas foram se esfriando. Quando Samuca fez 1 ano, pedi Rebecca denovo em casamento, e a resposta foi a mesma de antes, não. Tentei de novo e denovo, e nossa relação só esfriando,ela voltou a trabalhar e foi só piorando nossa relação. Um dia, estavamos de folga e saímos todos ao parque. Nos divertimos muito, fomos na roda gigante, brincamos de tiro ao alvo com pistolinhas de água, pescaria... Samuel estava radiante! Rebecca estava muito feliz também. Mas ao chegarmos em casa e Samuca dormir,ela foi dormir. Me deu boa noite e apagou. Aquilo me deixou mal, mas relevei por saber que foi cansativo, mas eu esperava algo mais no final. Sinceramente, no fundo, agradeci por ela ter ido dormir. Só esperava me sentir desejado por ela. Depois de uma semana de gelo na cama, recebi uma mensagem da empresa de modelos, precisavam com urgência de um fotógrafo experiente para um concurso de Drag Queens, aceitei na hora. Mas eu deveria ir a cidade vizinha para fazer esse trabalho, em outras palavras, tinha que dormir fora. Eu achei bom, assim Rebecca sentiria minha falta e teríamos uma transa incrível denovo. Então, avisei da viagem a Rebecca, que me deu um sorriso e disse vai com Deus e bom trabalho.
Viajei. Mas, não contava que encontraria minha ex lá. Sim, meu ex é Drag, e foi a primeira pessoa por quem me apaixonei. Rebecca também sabia, pois eram vizinhas.
Conversamos depois da sessão de fotos, foram três dias de concurso e nesses três dias,traí minha esposa com Vick, minha ex e agora amante. Ficamos juntos durante três anos, mas eu ainda queria me casar com Rebecca e a recusa dela, estava me irritando agora.
Um dia, depois de perguntar o porque dela não querer se casar, ela grita. Isso me assustou,pois nunca vi ela gritar. Nem quando ela quebrou o dedo jogando vôlei na escola,nem quando se queimava na panela enquanto cozinhava. Ali, dei um basta. Ela não queria e eu estava forçando. Mas eu queria ela. Idealizei ela. Mas eu não era amado por ela. Então, resolvi ir embora e esfregar na cara dela, que tem alguém que me ama de verdade. Que me deseja.
Só não contava com o incêndio na casa, depois que peguei minhas coisas e Rebecca foi viajar,voltei para pegar algumas coisas que tinha deixado, mas a casa estava em chamas. Liguei para a seguradora e o porteiro chamou os bombeiros, mas o estrago ja estava feito. Aquela casa era do nosso filho. Construimos com esse intuito, na verdade quem projetou foi Rebecca, eu só dei uma mãozinha.

Ainda estava pensando na minha vida, quando ouvi meu celular tocar. Já era bem tarde, olhei o visor e não reconheci o numero, mesmo assim atendi.

- Quem fala? - perguntei de imediato.

- Ora filho... Como pode esquecer que atirou no seu próprio pai. Achou mesmo que eu deixaria MEU FILHO?- era Bastille, sua voz arrastada e cheia de maldade. Eu sou um escroto mas ele... Esta além disso.

- Se me ligar denovo ou pensar em se aproximar da minha mãe,eu acabo com você! - me segurei para não gritar e minha mãe acordar.

- xiii... Relaxe, não irei perturbar sua mãe, não fisicamente. Tem uma gordinha linda que eu adoraria perturbar. Sabia que eu nunca comi uma gorda? - Rebecca! Ele estava falando da mãe do meu filho!

- Deixe ela fora disso! Não toque nela e nem no meu filho seu desgraçado!- eu sai para fora de casa. Rebecca e Samuel estão em perigo.

- Ah para! Não posso brincar com sua mãe, não posso brincar com sua esposa... Opa! Ex esposa, porque estou vendo ela saindo com um baitola que gosta de usar saia... Sabia disso? Hahaha vocês dois são estranhos, meu filho gosta de homem que se vesti de mulher e ainda rebola no pau dele, minha nora gosta da mesma coisa! Hahaha é muito engraçado e nojento ao mesmo tempo! - ele ria enquanto zombava e descriminação nossa vida íntima. Não sabia que ela estava saindo com alguém. Mas foda- se com quem ela saia. Nao estamos mais juntos e o cara vai receber o mesmo que eu, um não para o casamento.

- Dobre sua língua! Nossa vida particular não te interessa. Você é tão baixo e podre, que nos humilha dessa forma! O doente aqui é você! O monstro aqui é você! Que estuprou minha mãe e a engravidou! Arruinou a vida dela de todos as formas! Foram suas atitudes que tiraram o brilho dela! Mas ela me ama! Sou filho dela! Não seu!!! Ela me criou e me deu amor! Jamais serei igual a você! Jamais pense em tocar na minha família e ameaça los denovo!!! Eu juro, que se você tocar num fio de cabelo deles, procuro você e mato você. Não morro antes de matar você Bastille! - ele ria do outro lado da linha. Eu desliguei antes que ele falasse alguma coisa.
Olhei a minha volta e vi a rua, estava uma neblina densa. Eu precisava alertar Rebecca, preciso tirar minha mãe e eles daqui. Eu seria preso por matar um polícia? Sim! Pegaria perpétua ou sentença de morte? Talvez! Mas valeria a pena. Minha familia estaria segura. E farei isso.

Oi pessoal! Tudo bem com vcs?
Espero que sim!
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