Capítulo 15

39 6 114
                                    

Rebecca

Não dormi a noite inteira. Rolava de um lado para o outro e não conseguia dormir. Quando finalmente desisti de dormir, vi o sol nascendo. Era lindo, mas não estava com o estado de espírito bom para admirar as maravilhas que Deus criou. Liguei o computador e comecei a arrumar a cama,olhei para o chão e vi meu celular. O peguei e coloquei na comoda. 
De repente, ouvi um som de notificação de email no computador. Me sentei em frente ao mesmo e verifiquei.
Era uma pancada de emails, promoções de lojas, artigos,jardinagem, e entre outras coisas. Mas um me chamou a atenção. Ao abrir, vi que era o email do advogado da minha falecida tia.
Dizia para entrar em contato com ele,após a leitura do testamento e carta que minha tia deixou para mim.
Tinha dois documentos anexados ao email e imprimi ambos.Eu poderia ler ali mesmo, mas sempre imprimo todo documento que recebo. Deixo salvo no PC, na nuvem e impresso em casa ou no escritório. Assim, sempre tenho em mãos.
Enquanto eu lia o testamento, agradeci por estar sentada, pois com certeza, eu teria caído dura para trás. Minha tia-avó me deixou tudo que ela tinha. O instituto para crianças órfãs,um sítio gigantesco,uma fazenda anexada ao sítio e uma propriedade para acolhimento de famílias em crise. Fora uma enorme quantia no banco. Era tanto zero que tive que contar duas vezes pra ter certeza. Mas tinha uma condição, eu deveria me mudar para o Brasil para administrar tudo com a ajuda do advogado dela e cuidar de uma menina que foi vítima de crime brutal. Mas que eu deveria manter essa parte em segredo. A menina corria risco de vida e em confiou em mim para protege la e ajudá-la.
A carta era a mesma que eu tinha lido no escritório. Coloquei os papéis de lado e comecei a digitar um email para o advogado marcando uma hora para conversarmos.
Me afastei do PC, cruzei os braços e respirei fundo. Dinheiro nunca foi problema pra mim, sempre me virei com meu salário e com minha reserva. Pra mim e meu filho era mais que o suficiente. Mas... Conhecendo minha tia-avó, ela não confiava em ninguém, sempre ficava com um pé atrás. Se ela entregou essa responsabilidade para mim, é porque ela confia em mim e não encontrou ninguém que continuasse com seu trabalho.
Peguei os papéis que estavam ao lado do PC e li denovo meu nome naquele papel. Os coloquei devolta na mesa e fui para a cozinha preparar um café. Peguei alguns pães e coloquei na torradeira, esquente o leite, cortei algumas frutas e preparei a lancheira do Samuel.

- My aingeal,você está bem?

Levei um susto com a voz de Ian, tanto que quase derramo o leite quente em cima de mim.

- Mais que porra Ian! Não me dê susto! Meu Deus... Quase morri. - eu fico puta quando me dão sustos e quase mato quem faz isso.

- Desculpe,não foi minha intenção te assustar. Mas, eu lhe chamei três vezes e você não me ouviu. Por isso perguntei se está bem, vejo que não. - é difícil não amar Ian,mas as vezes é irritante ele ter esse dom de ler as pessoas, mal nos conhecemos e ele me conhece como ninguém.

- Não... Eu estou bem é só uma coisa que li hoje que me deixou assim e me desculpe, não devia ter gritado com você,mas eu odeio levar susto.- segurei sua mão por cima da bancada e ele a beijou.

- Será perdoada quando me der um beijo de bom dia my aingeal. - dei a volta na bancada com um sorriso no rosto e o beijei no rosto. Queria ver se ele seria safado o bastante para dizer que aquilo é ou não um beijo de bom dia.

- Esse é um beijo de mal dia. - ele segurou minha cintura e me colocou entre suas pernas, ele estava sentado na cadeira- esse é um beijo de bom dia- ele segurou minha nuca e cobriu sua boca com a minha. Um beijo lento mais intenso. Ele encerrou o beijo com um selinho, olhou pra mim com um sorriso e correspondi sorrindo também.

Foi apenas uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora