Capítulo 33

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Rebecca

Acordei durante a madrugada para alimentar os gêmeos. Coloquei a mamadeira para esquentar e os troquei; Se eu sentia sono? Sim, Muito! Estava cansada? Com toda a certeza! Mesmo cansada, eu cuidaria dos meus amores, eles mereciam cada segundo do meu tempo. Fiquei três dias sem dar atenção a Samuel, pois estava no hospital passando por exames do pré natal. Isso me incomodou muito, pois é meu bebê, uma parte de mim e sou sua protetora, sua mãe, seu colo. Então, tenho me dedicado completamente em cuidar dos meus filhos de todas as formas que eu pudia.
  Ambos dormia enquanto trocava suas fraldas, peguei a mamadeira que estava no aquecedor, próximo ao berço. Testei a temperatura no pulso, estava na temperatura certa, bem morninho. Alimentei Ryan primeiro, pois eles estava com duas bolas de diamante brilhando para mim. Dei a mamadeira e esperei ele terminar, enquanto eu admirava o quanto ele era igual ao pai. O cheirinho de bebê na cabeça dele é tão bom! Quando crescem, esse cheirinho some e aparece o cheiro deles mesmo.
  Quando ele terminou de mamar, coloquei ele para arrotar. As vezes demora muito pra isso acontecer. Mas hoje foi mais rápido, ele arrotou. Ele adormeceu no meu colo e o coloquei no berço, depois segurei Liz e fiz o mesmo processo. Após, fiquei admirando eles dormindo. Lembranças do dia do parto, começaram a vir, mas dessa vez,deixei me lembrar...
  Estava na cozinha colocando flores num jarro , que eu havia colhido naquela mesma manhã. Quando terminei, fui até a porta e vi uma tempestade se formando. Estava abafado demais e Samuel estava na escola. Estava sozinha na casa, acariciei meu barrigão enorme e olhei para o céu. Lembro de sentir saudades de Ian. Ele ainda estava em coma e isso me deixava triste, pensando não somente na saudade, mas se ele estava sofrendo assim como todos.
  Quando saí da porta da cozinha para pegar um chocolate na geladeira, a campainha tocou. Não queria ir mais rápido e também não dava. Abri a porta e vi Christian Belikov, com uma roupa casual, molhado e com um buquê de flores . Depois do ocorrido no hospital, ele tem se desculpado e me paquerado também de muitas maneiras, mas descarto todas elas. Hoje, ele veio me visitar em casa e tem algo muito errado nisso, que me deixa, preocupada.

— Bom dia dr. Belikov! — ele sorri e me comprimenta de volta.

— Bom dia Srt. Gonzáles! Como está se sentindo hoje? Vim aferir sua pressão e ver se está tudo bem mesmo. — Deixei ele entrar e indiquei o sofá para ele se sentar.

— Esta tudo ótimo! Só me sinto como uma represa, retendo líquido. — me agarrei para sentar na poltrona, mas senti algo escorrer pela minha perna.

— O que aconteceu? Sua bolsa estourou? — Christian me perguntou preocupado, mas em seguida senti uma contração horrível e logo outra em seguida.

— Sim!!! Ele vai nascer hoje! — Christian me levou para o quarto de baixo e pediu que eu me deitasse. Fez o toque para saber a dilatação e se levantou.

— Becca, eles vão nascer hoje e vai ser agora, não estão esperando, só faça força e respire. Estou aqui com você, não vou te deixar. — Ele segurou na minha mão e olhou bem fundo nos meus olhos. Por um segundo, senti uma fagulha entre nós, mas sumiu como um sopro. Porém a sensação de segurança perdurou. Em seguida, uma contração forte e fiz força.

Foi apenas uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora