Capítulo 24

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Rebecca

Nosso café da manhã foi muito agradável. Rimos das histórias de Samuel, seu jeito criativo e sua imaginação deixaram a história dos três porquinhos sem pé nem cabeça. Mas foi engraçado do mesmo jeito. Depois do café, Samuca me chamou para brincar com ele de carrinhos, estendeu a sacola para mim e pediu para eu escolher. Escolhi um fusquinha azul, gosto do carrinho, se parece comigo. Samuca vai até Ian e Mary e faz o mesmo que fez comigo. Ambos escolhem um carro. Mary um mustang cinza e azul e Ian uma Ferrari vermelha, a favorita de Samuel.
Enquanto brincávamos com Samuca, fiquei observando como Ian e Samuel interagia. Samuel ditava o enredo da brincadeira e Ian ia junto e acrescentava outros carros na história. Samuel estava gostando da brincadeira e falava mais com Ian do que comigo. Nunca brinquei de carrinho na infância, mas jogava bola e brigava com quem fosse por fazerem bullying comigo. Saí dos meus pensamentos, quando o piloto avisa que iriamos pousar no aeroporto.
Pegamos nossos carrinhos e colocamos de volta na bolsa de Samuca. Nos sentamos e esperamos o avião pousar. Nesse meio tempo, olhei para Ian, Samuel e Mary. Sou imensamente grata por tê-los em minha vida. Imediatamente, meu coração ficou quentinho e senti uma mãozinha na minha mão... Era Samuca segurando minha mão. Sorri para ele e lhe dei um beijo na testa. Pousamos em segurança graças a Deus, eu odeio voar. Pior que isso é andar de ônibus e carro, enjôo na certa. Mas, nada que um dramin não resolva.

Assim que descemos do avião, vi um carro todo preto esperando por nós. Ao lado dele, estava Rúbens. O comprimento e entramos no carro. Ian foi na frente e deixou que Mary ficasse conosco no banco de trás do carro. Mas antes que seguissemos viajem até a propriedade da minha tia avó, resolvemos parar numa lanchonete para nós refrescarmos e porque Samuel um suco de morango.
Paramos na lanchonete e saímos do carro um pouco para esticarmos as pernas. Compramos o suco com a atendente e nos sentamos a mesa. Mary estava se refrescando um picolé de goiaba, o favorito dela. Ela ama goiaba. Mary começou a contar uma história sobre a descoberta do picolé de goiaba e o suco de morango. Samuel ficou interessado. Nesse momento, me lembrei que devia ligar para o Sr. Roberto, prometi que avisaria quando pousassemos.

- Com licença, esqueci de ligar para o Sr. Roberto. Ja já eu volto. - Mary ascente a cabeça confirmando e continua a conversar com Samuel sobre o suco de morango e a descoberta do picolé de goiaba.

Faço a ligação e Ian entra pela porta do estabelecimento com uma flor na mão e a claridade do sol atrás dele. Essa cena é digna de assistir em câmera lenta. Sempre que o vejo é como se fosse a primeira vez. Fico babando igual retardada. Volto a realidade com a voz do Sr. Roberto me chamando no celular.

- Ah, Sr. Roberto! Desculpe, eu esqueci de avisar que chegamos. Estamos a caminho da propriedade. - enquanto eu falava isso, Ian se aproxima e me entrega a margarida amarela que ele com certeza pegou na estrada. Pois não vi flor alguma antes de entrarmos.

- Que bom Srt. Gonzáles! Fico contente em saber disso. Nos encontramos breve e faça uma boa viajem. Precisa de alguma coisa? - ele perguntou, a única resposta que me vem a mente é o ruivo a minha frente me olhando e colocando um dos meus cachos atrás da minha orelha.
Esse homem é todo delícia Senhor! Meu subconsciente grita.

- Ah... Ah, nada. Está tudo bem. Não se preocupe. - eu ainda encarava o ruivo e dessa vez toquei seu rosto, acariciando. Ele colocou o rosto contra minha mão, aceitando o carinho. Quando me olhou, vi em seus olhos azuis lindíssimos, que ele me amava e me desejava naquele momento. Eu também o desejava, sempre irei deseja-lo e ama-lo.

- Está bem Srt. Gonzáles. Até breve. - finalizamos a ligação. Coloco o celular no bolso e ele me estende a flor. Pego a flor, fecho os olhos e sinto seu perfume suave. Abro os olhos e Ian beija minha testa.

Foi apenas uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora