hero - Paul Lahote

Capítulo 40

Minha irmã e eu chegamos juntas em casa, ela louca para subir para seu quarto e ver o namorado.

Eu com o coração apertado de preocupação.

Bati uma ou duas vezes na porta do quarto do meu pai antes de abril lá, com a voz cansada e tomara pelo sono após levantar a cabeça ele disse "o que foi querida? Aconteceu alguma coisa?".

Eu só soube fazer a mesma coisa que fiz durante toda a minha infância, neguei. Fechei a porta e andei até a cama me ajoelhando ali.

— Posso dormir aqui?

Ele agora com os olhos atentos assentiu.

— o que aconteceu? Você parece ter tido uma noite horrível, o baile da sua irmã, foi ruim?

— Não — Sorri, me deitando ao seu lado — Eu só senti a sua falta, senti falta de ficar com o meu pai essa noite.

— Querida — Charlie estava pronto para dizer que eu já estou pronta para aproveitar os meus dias, que posso fazer isso vindo até ele apenas em caso de urgência.

— Papai, o senhor promete que sempre vai estar seguro? Que não vai entrar na floresta atrás desse tal animal sozinho? Por favor.

— Jude — Ele apoiou um de seus braços sobre o meu me fazendo carinho — Não se preocupe com isso, estamos seguros aqui, eu sempre vou proteger as minhas meninas.

Um no se formou em minha garganta e eu quis chorar, eu quis chorar por estar ciente de que Charlie mesmo sem saber o que nos ameaça quer nos proteger. E nós sabendo disso não temos alcance o suficiente para fazer o mesmo.

Com um serviço de segurança terceirizado do lado de fora tentei imaginar a melhor das situações, beijei a testa de Charlie e me aconcheguei ao seu lado.

— Eu amo você mais que tudo.

Declarei.

— Eu também amo você, minha filha — Essa frase de Charlie sempre me fez relaxar.

Talvez porque eu sempre soube que não tínhamos o mesmo sangue, talvez porque eu sempre me senti acolhida quando ouvi.

Depois disso talvez eu só tenha precisando fechar os olhos para dormir.

Meus olhos arderam ao se abrirem no meio da noite, Bella parecia ter os olhos fundos como quem não dorme a dias ao se deitar ao meu lado. Nosso pai estranhou ainda mais aquela noite, mas apenas esticou o braço e fez carinho no cabelo da filha, nos beijo nas testas e disse que podíamos dormir tranquilas porque ele cuidaria de nós.

Cuidaria de nós e de nossos sonhos, como dizia quando éramos crianças.