NOTAS DA AUTORA : Bom, eu quis fazer outro capítulo "extra" para a fanfic, porque como alguns sabem, queria entrar em detalhes sobre algumas coisas que senti falta na fanfic. Não que eu ache que ela esteja ruim, pelo contrário, é a primeira fanfic minha que estou achando realmente ótima, mas achei que faltou sim um detalhezinho aqui e ali e quis por para vocês, além disso, tenho certeza que muitas vão me agradecer por essa capítulo, talvez por um Cullen em especial aparecer aqui haha... Bom, quero rapidamente lembrar que vocês podem acompanhar a fanfic também no Wattpad... Então, é isso! Divirtam-se e me digam lá embaixo o que acharam! Lembrem-se que a opinião dos leitores é importante para um autor ;) Beijos L.Chavez!
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Livro I - Ashley
Cálculos!
Eu preferia estudar para " Governo dos EUA " a ter que fazer as tarefas de cálculos. O professor Joseph sempre pegava no meu pé. Na última semana ele fez com que eu pagasse o mico de errar uma equação na frente de toda a turma. Depois disso, bati o pé e pedi a Carlisle que me deixasse mudar os horários na escola, mas fora em vão. " Você precisa dessa aula, faz parte de uma boa educação.Como quer se formar assim ? " dissera ele. Eu não o odiava por isso, mas achava justo que Jasper falsificasse um atestado médico ou qualquer coisa que pudesse me livrar das aulas do professor Joseph.
Bufei e encarei meu livro de geometria espacial, batendo o lápis no mesmo e depois mordendo o meu dedão, pensando em algum jeito de fazer aquilo.
— Problemas com os cálculos ?
Me virei assustada para encarar Edward. Ele adorava me pegar desprevenida, é claro que nada se comparava aos sustos que Emmett me dava.
— Han...— fiquei sem graça de responder. Edward parecia ter problemas comigo. Eu pegava ele uma vez ou outra me olhando torto, como Rosalie fazia.Os dois pareciam me evitar ao máximo e nunca compreendi o motivo disso.
Edward sorriu sem graça e veio se sentar ao meu lado da cama. Eu estava deitada, encarando meu livro de geometria e sentindo minhas bochechas coradas. Eu ainda morria de vergonha dele por achá-lo bonito e descobrir que todos os pensamentos impróprios que eu tivera a seu respeito foram descobertos por ele próprio.
— Ashley, já faz exatamente um mês que está conosco, não quero que pense que não gosto de você.
E lá estava ele, lendo meus pensamentos novamente....
Edward sorriu torto, o que deixava ele mais bonito ainda, mas de algum modo aquilo me irritada, porque todas as vezes que via aquele sorriso, sabia o significado.
— Não fique irritada com meu dom, não posso controlá-lo as vezes. Acredite, eu queria fazer isso, principalmente perto de Emmett. Você deveria ver o que aquele cabeça de amendoim pensa.
Eu o acompanhei com alguns risos, mas logo virei meu rosto para a janela. Edward estava apenas tentando ser legal comigo. Talvez isso fosse ideia de Carlisle. " A pobre garota já passou por coisas demais, seja amigo dela " eu poderia imaginar meu pai adotivo convencendo Edward e Rosalie a se aproximarem de mim. Patético!
— Bom, vamos lá, não é tão difícil. Você só tem que multiplicar esse X por...
— Não precisa gostar de mim, nem se sentir na obrigação de gostar — tentei falar de uma maneira agradável, mas estava claro que eu não gostava da situação que nos encontrávamos.
— Não estou fingindo nada! — ele respondeu, um pouco alterado e já se levantando da cama. Finalmente me virei para encará-lo.
Os olhos de Edward ameaçavam mudar de cor. Ele precisava de um pouco de sangue, talvez melhorasse sem mal-humor.
Revirando olhos olhos ao ler meus pensamentos, ele suspirou e passou a mão nos cabelos, andando de um lado para o outro no meu quarto, até pegar algo no meu criado mudo.
— Você sabe demais Ashley — ele disse, rodando o que quer que fosse entre os dedos pálidos — Mas não é isso que me importa. Não é isso que importa a Rosalie também.
Ele levantou os olhos, seus longos cílios negros fazendo sombra em seu rosto branco como papel.
— Eu... — ele hesitou — Não quero que destrua sua vida, e Rosalie concorda comigo sobre isso. Pensamos que se nos afastássemos você mudasse de ideia sobre ficar conosco. Não pense que queremos nos livrar de você, talvez você devesse conversar com Rosalie para entender os motivos dela, aí você compreenderia o que estou dizendo....
Trinquei os dentes com sua sinceridade e me sentei com brutalidade na cama.
— Não se preocupe, irei embora em pouco tempo, já vou completar dezesseis anos — cuspi. Meus punhos cerrados.
Edward fechou os olhos com força e massageou as têmporas, depois me encarou.
— Acha mesmo que quero me livrar de você ? Bom, talvez eu não devesse te acordar durante a madrugada quando você tem pesadelos. Talvez eu também não queira ajudar nos deveres de geometria espacial, não é mesmo ? — ele estreitou seus olhos para mim.
Ótimos, estávamos brigando com a mesma moeda.
Bufei.
— Eu não deveria contar-lhe isso — Edward abaixou a cabeça e parou enfim de girar o objeto nas mãos, olhando o chão — Alice viu Carlisle lhe transformando em uma de nós, logo depois da sua formatura...
— O QUÊ ? — me aproximei dele interessada — Como...? — a pergunta ficou ao ar.
— Entenda como quiser, Ashley, mas não é a vida que eu quero para você. Eu passei pelo inferno para ficar assim. É claro que não culpo Carlisle, jamais! Ele estava tentando me ajudar, mas... — hesitando, eu vi quando uma ruga se formou entre suas sobrancelhas — Eu matei pessoas, fiz loucuras em busca de sangue... — seus olhos dourados encontraram os meus. — Não quero que passe por isso. Você é nova, pode conhecer alguém, querer uma família, filhos...Você tem escolhas Ashley, escolhas que nenhum de nós tivemos.
Prendendo a respiração, fiquei alguns segundos observando Edward se comportar feito uma estátua, ainda encarando o chão, e percebi que ele realmente estava sendo sincero comigo agora.
— Não se preocupe com isso agora, eu já decidi mesmo que vou me mudar em dois anos — dei de ombros.
Ele suspirou, mas não respondeu. Permaneceu parado por um longo tempo e depois se virou para mim.
— Podemos recomeçar, eu posso ser seu professor de matemática, o que acha ? - propôs.
Procurei algum vestígio de remorço, ou deboche, mas ele pareciam realmente disposto a me ajudar.
— Tudo bem, estou mesmo precisando de algumas aulas — confessei.
Ele sorriu, e logo se sentou ao meu lado.
Edward passou a tarde me ajudando com os deveres de casa, e quando percebeu que eu já estava exausta, fez questão de me mimar com um macarrão com queijo e suco de melancia. Esme e Carlisle haviam ido caçar naquela noite, então eu decidi me recolher cedo para meu quarto, mas o sono não vinha de jeito nenhum, então, decidi ir até a TV assistir qualquer coisa até meus pais adotivos chegarem, mas parei nas escadas ao ver Edward concentrado em seu piano de cauda branco. Ele tocava algo novo e anotava algumas notas aqui e ali. Alguns cachos de seu cabelo desgrenhado caiam sobre seu rosto de anjo, fazendo contraste o bronze do cabelo com sua pele branca de mármore. Aquela cena merecia uma fotografia, sem dúvidas.
Ele continuou tocando, concentrado, então caminhei lentamente e me sentei em um dos degraus da escada para admirar a melodia.
— Gosta da música ? — perguntou
— Aram — eu só me dera conta de que havia respondido quando um Edward sorridente se virou para mim.
— Quer que eu toque algo especial ?
Neguei com a cabeça e lhe pedi que tocasse qualquer coisa. Tomando coragem e indo me sentar ao lado dele. Edward começou a dedilhar o piano. Eu reconheci a música dos Beatles de imediato, e sem perceber já estava cantarolando a canção enquanto Edward a tocava sem errar sequer uma nota.
Quando senti seus olhos em mim, corri constrangida e fechei a boca, mas Edward me cativou com cotovelo me incentivando a continuar, e logo, sua voz doce e aveludada me acompanhou no refrão de Hey Jude.
— Você canta muito bem, não errou sequer uma nota — ele sorriu.
— Eu já quis seguir carreira profissional — dei de ombros e me levantei, indo para a cozinha.
Edward me seguiu.
— Por que não tenta ?
Deixei o sanduíche de lado e o encarei rindo de mim mesma.
— É só um hobby, eu morro de medo de público — estremeci — Além disso, tenho prioridades agora.
Me virei para pegar o sanduíche e me sentar à mesa. Dei uma mordida.
— Eu posso ensina-lá a tocar piano, e você pode repensar na ideia. Tem alguns programas de verão em Nova Iorque bem conhecidos para calouros, depois quem sabe Juliard...
— Não pira ! — disse me engasgando. Bebi meu suco em um só gole e voltei meus olhos para Edward.
— Eu deixei de pensar em Juliard há anos, como disse tenho prioridades...
Edward suspirou.
— Quando vai entender que Carlisle e Esme jamais irão te deixar ?
Me encolhi com seu olhar intenso sobre mim.
— Eu sei que eles não querem isso, mas também não quero depender dos Cullen o resto da vida, Edward. — suspirei e depois encarei meu sanduíche, sem coragem de encará-lo — Mas não é só pela independência....Eu deixei de pensar em música quando tinha treze anos — confessei — David nunca me deixava ouvir som, então eu vivia com fones de ouvido, cantarolando no meu quarto. Minha mãe chegou a me pegar diversas vezes cantando e me incentivou a participar do coral da igreja — mordi os lábios — Eu desisti na primeira oportunidade que tive. — me encolhi me lembrando da cena.
Eu lembrava perfeitamente daquela manhã. Foi uma das primeiras que vi David batendo em minha mãe. Nós íamos a igreja todos os domingos, e em especial, naquele dia havíamos nos arrumado mais cedo para que eu ensaiasse com os garotos do coral, porém, David atravessou a porta em estado alcoólico e acabou com qualquer oportunidade que eu poderia ter. Foi depois daquele dia que decidi dar um futuro melhor para minha mãe, Elizabeth. Eu prometera para mim mesma estudar e começar a trabalhar em uma loja qualquer assim que completasse meus dezesseis anos.
Edward me assustou com seus rosnados, me tirando dos meus desvaneios. Eu o encarei assustada, e logo ele parou de fazer o som assustador.
— Desculpe.
Já encolhida, dei de ombros, pensando se deveria ou não sair correndo. Optei por ficar.
— Sinto muito pelo que aconteceu — disse sincero.
— Você não teve culpa — sorri amarelo.
— Bom, podemos recomeçar. — ele ergueu as mãos — Nada de Juliard, nem programa de calouros, somente eu, você e um piano de cauda.
Eu sorri.
— Professor de música, professor de matemática...está tentando puxar o meu saco ? — estreitei meus olhos para ele, mas logo nós dois caímos na risada.
— Eu juro que não — ele piscou.
— Vou pensar no assunto — prometi, jogando o guardanapo no lixo e voltei para meu quarto.
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My imprinting
FanfictionAshley se vê perdida, sem rumo algum após a morte de sua mãe e Carlisle, tendo tamanha compaixão e apego pela garota, lhe faz a proposta para que a própria faça parte de sua família. Mesmo querendo recusar, Ashley se dá por vencida e sente que não p...