3| Pá quebrada

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Talvez eu deva ficar mais uns dias nessa cidade...

Na manhã seguinte.

Acordei, me troquei e fui tomar um café no restaurante, o que me fez dar de cara com Ruby, mas nenhuma de nós parecia envergonhada ou constrangida pelo que tinha acontecido na noite passada.

- Bom dia! - Acenei para Ruby do outro lado do balcão.

- Bom dia, S/N! - Ruby acenou de volta com um sorriso meigo no rosto.

- Hoje eu vou querer, hmmm... - Pensei no que pediria para comer. - Um pedaço de bolo de maçã e uma fatia pequena da "torta especial da vovó" número 16 do cardápio, por favor!

Ela deu um sorriso, pois percebeu que pedi a torta que ela me recomendou da última vez.

- Sabe, agora que vou ficar um tempinho aqui, eu acho que vou pedir todo dia um prato diferente, aí eu consigo experimentar tudo um pouco...

- Calma aí! Você vai ficar em Storybrooke? - Ruby perguntou arregalando os olhos.

- Sim!!! - Respondi.

- Que legal! Eu fico super feliz! - Ela pareceu sincera e espontânea em sua reação, o que me deixou feliz saber que pelo menos uma pessoa ficou feliz com a notícia.

Logo Ruby pôs a minha frente um prato com o bolo e a torta.
Eu comi mais rápido do que estava acostumada a comer normalmente, porque eu tinha planos de falar com xerife Swan e sou ansiosa.

Mal dei a última mastigada na torta e sai em direção a delegacia.

- Xerife Swan, bom dia! - Entrei com cautela dentro da delegacia.

- Oi, S/N. - Disse a mulher enquanto remexia em alguns papéis. - Precisa de ajuda?

- Até preciso sim, mas eu vim falar outra coisa. - Me sentei na cadeira que estava à frente de sua mesa. - Eu decidi que vou ficar uns dias aqui na cidade.

- Ah, bacana. Espero que curta suas férias! - Ela parecia ocupada demais para me dar atenção, não tirava o olho das papeladas.

- Emma, eu matei uma pessoa ontem. - Falei para ver se conseguia a atenção dela.

- Sério? Parece ter sido divertido. - Ela realmente não estava prestando atenção.

- Emma!!!! - Exclamei chamando a atenção dela.

Emma chacoalhou a cabeça e olhou para mim.

- O que foi? Aconteceu alguma coisa? - Perguntou preocupada.

Revirei os olhos, porque parecia que eu estava o tempo todo falando com uma porta.

- O que você tanto mexe e lê nesses papéis? - Estava curiosa com o conteúdo.

- Nada de mais, é que aqui fala que Kathryn desapareceu enquanto tentava sair da cidade... mas isso parece estar vinculado com a briga que teve com Mary e David... mas Mary não seria capaz de machucar ninguém e David muito menos... - Falou analisando os papéis, para ver se aquilo que havia dito fazia algum sentido.

- Para a sua sorte, eu sou boa em solucionar problemas, mesmo que sejam grandes tal como esse que você acabou de dizer. - Falei, na tentativa de ajudar Emma. - E como eu vou ficar aqui, talvez eu precise de um emprego. Posso te ajudar com isso.

- Eu não sei se deveria, mas toda a ajuda é bem vinda no momento. Então, olha aqui! - Virou o papel para mim e apontou em direção das evidências conforme ela ia falando. - Mary é um simples professora primária que teve um caso com David, ele acordou de um coma profundo a pouco tempo.

O que restou da maçãOnde histórias criam vida. Descubra agora