10| Torta de maçã

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Dormimos juntas a noite inteira. Ela parecia tão leve e tranquila, seu sono estava sereno e calmo. Parecia que eu realmente havia conquistado a sua confiança.

Na manhã seguinte

Eu acordei com a luz do sol entrando pela janela, as cortinas estavam fechadas mas ainda sim entrava a claridade.

Olhei para o lado e Regina não estava, ela já havia levantado e eu não percebi.
Vi que deixou um par de pantufas nos pés da cama para eu usar quando acordasse.

Peguei minha necessaire na bolsa e fui em busca de um banheiro. Ela tinha um banheiro no quarto, mas eu não iria usar o banheiro dela, era parte de sua privacidade.

Escovei meus dentes, arrumei meu cabelo e lavei o rosto.

Desci as escadas e Regina estava na cozinha preparando o café da manhã.

- Bom dia! - Ela disse com um sorriso no rosto assim que me viu. - Dormiu bem?

- Bom dia! Dormi muito bem e você? - Perguntei, mas dava para notar que sim só pelo jeito que sorria enquanto falava.

- Eu acho que nunca dormi tão bem antes. - Respondeu. - Em compensação, quando eu acordei hoje, estava com a cara toda borrada, por sorte eu acordei primeiro se não você tomaria um susto.

- Ainda bem mesmo! - Brinquei com ela. - Mas você é linda, não existe um jeito que te faça ficar feia. Não se preocupe quando a isso.

Ela deu um sorriso bobo ao ouvir meu comentário.

- Bom, se sente para tomar café! - Ela pediu e eu obedeci. - Fiz torta para o café da manhã. - Posicionou os pratos na mesa e recusou a minha ajuda na organização.

- Obrigada! Parece estar uma delícia. - Falei. - É torta do que?

- Torta de maçã, acho que você vai gostar! - Respondeu.

Na hora eu senti um calafrio. Acabei lembrando do que eu mesma havia falado que "não iria comer maçã na casa dela", mas isso parecia bobeira diante da situação.

Peguei um pedaço da torta e comi de olhos fechados e no final das contas estava uma delícia. Acho que lasanha e torta de maçã eram a sua especialidade na cozinha.

- Muito bom! - Elogiei a torta.

- Modéstia a parte, mas eu acho que essa foi a torta mais saborosa que já fiz. - Dizia enquanto intercalava as palavras com garfadas na torta.

- Hmmm, já sei o que é! - Ela parou para me ouvir no mesmo instante. - Você deve estar apaixonada.

- Ah, para. - Ela pareceu sem graça, mas acabou dando risada. - Eu não me apaixono desde de muito tempo.

- Tá bom, eu vou acreditar em você. - Falei com os olhos semicerrados.

Ela riu do meu comportamento e eu estava começando a pegar gosto por vê-la sorrir. Seu sorriso era lindo.

- Você devia sorrir mais vezes, Regina. - Expressei minha opinião. - Seu sorriso é muito bonito.

- Eu posso dizer o mesmo de você, S/N. - Rebateu meu elogio.

O que restou da maçãOnde histórias criam vida. Descubra agora