11| Esperta, eu diria

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Eu queria muito beber para ficar bêbada e esquecer meu nome, mas tem um detalhe muito importante... eu não queria ficar bêbada essa noite, porque eu tinha planos para mais tarde.

Ficamos um bom tempo no local. Dançamos e cantamos cada música que tocou na balada. A noite foi incrível do lado dessas meninas, mas parecia que tinha alguém interessado em Emma e ela também não ficou de fora.

- Emma, tem um carinha que não tira os olhos de você. - Ruby comentou.

- Mas parece que ela já está interessada em outro alguém. - Rebati. - Ela não para de olhar para aquele carinha ali a um tempo já.

Ela estava vidrada no homem, jogava charme e mexia tanto naquele cabelo que ele estava prestes a cair.

- Oi? O que foi? - Ela nos olhou como se estivesse tentando disfarçar. - O que eu perdi?

- Estávamos falando que você está querendo aquele homem ali. - Apontei na direção dele e nem me importei em disfarçar.

- Aquele cara ali? - Ruby também apontou. - Ele é o Derek! Um dos caras mais bem falados da cidade, ele não costuma pegar qualquer uma e as que ele já pegou, só falam coisas boas em... vai pra cima, Emma!

O homem notou que estávamos falando sobre ele e se aproximou.

- Boa noite meninas, vocês estão bem? - Ele nos cumprimentou se maneira educada comparado com os outros homens que vieram encher o saco durante a noite.

- Sim! - Respondemos em sincronia.

- Com todo o respeito, estava reparando em você a noite inteira e queria saber se você não quer conversar um pouco ali? - Ele falou se referindo a Emma, que na mesma hora tentou disfarçar seu sorriso, mas aceitou de primeira.

- Ah, pode ser. - Ela disse para não parecer desesperada.

O cara era bem gato e tinha um sorriso lindo. Eles combinavam, faziam um casalzinho fofo até.

Ele segurou a mão da loira e a levou para longe da gente em algum canto da balada.

Deixamos Emma ir de boa, já que ela não estava bêbada e estava consciente de suas ações, o mais importante. Aliás, nenhuma de nós estava bêbada, a balada estava muito boa para ter a noite estragada por ter que ficar o restante da madrugada grudada na privada vomitando.

Ficamos mais um tempão curtindo, apenas eu e Ruby e nem notamos as horas passarem.

- Já está bem tarde, daqui umas horas o dia amanhece. - Falei. - Vamos procurar Emma para ir embora?

- Você acha que a Emma ainda está aqui? Ela deve ter ido pra casa com aquele cara. - Ruby disse.

- Essa Emma já garantiu o dela, esperta, eu diria. - Comentei, o que fez e Ruby dar risada. - Você já quer ir ou ficar mais um pouco?

- Vamos, amanhã a vovó me escalou para o turno da manhã. - Só de lembrar daquilo, Ruby revirou os olhos.

Saímos da balada e acabei dando carona para ela.

- Eu não vou pra casa, vou dormir em algum quarto da pousada, já que a vovó deve ter trancado a porta de casa e não tô afim de pular a janela. - Então eu fiz o trajeto até a pousada e entramos juntas no local.

O que restou da maçãOnde histórias criam vida. Descubra agora