20| Tulipas roxas

2 0 0
                                    


Assim que sai de casa, fui direto até a casa da Mary.

- Oi S/N, o que faz aqui tão cedo? - Perguntou.

- Te acordei? - Perguntei.

- Não, David já fez isso... - Ela disse com um sorrisinho.

- Não atrapalhei nada, não é? - Fiquei com medo de ter empatado algo.

- Não se preocupe, ele está no banho já. - Disse Mary um pouco envergonhada. - Entre.

- Quem diria, pensei que personagens não faziam essas coisas. - Mas logo me lembrei que Killian e Ruby também eram personagens e me provaram faziam sim.

- Bom, acontece. - Ela respondeu rindo. - Mas e aí? Qual o motivo dessa visita?

- Eu acho que pensei sobre o que posso fazer com a Regina. - Me sentei no sofá e ela se sentou do meu lado. - Pensei que eu poderia mandar uma carta dizendo o que eu sinto.

- Não sei se Regina é fã de clichês. - Branca supôs.

- Acho que por mais duras que as pessoas pareçam, duvido não gostarem de um clichê romântico.

- Também acho difícil, mas estamos falando da Regina, então é melhor não arriscar. - Sugeriu Mary, ela parecia pensar em algo que eu pudesse fazer.

- Não queria deixar a ideia da carta de lado, acho que os riscos te fazem uma pessoa corajosa e Regina não parece gostar de covardes. - Eu queria fazer algo que envolvesse a tal da carta. - Pensei em algo! - Exclamei feliz. - Eu poderia fazer uma carta convidando ela para um jantar, se ela for, eu vou saber que ela gostou, se não for, já sabemos a resposta.

- Eu achei uma ótima ideia! - Branca concordou. - Pelo menos você não precisa encarar a Regina cara a cara...

- Mas e se falar com ela pessoalmente for o tal ato de coragem? - Me questionei e questionei a Branca.

- Até pode ser, mas você pode deixar toda a coragem para quando for falar o que sente por ela no jantar. Isso sim é coragem. A carta é uma aposta, digamos que você está correndo risco por enviar a carta e isso também remete a coragem. - Explicou enquanto tirava fiapos da sua blusa. - Conclusão, você vai ser corajosa duas vezes!

- Parece que sim... você pode me ajudar? - Perguntei.

- Claro! - Ele se levantou e foi até o banheiro para avisar David que iria sair. - Vamos?

Assenti e saímos juntas em busca de papel e envelopes legais para que eu pudesse escrever a tal carta de convite.

Entramos em uma papelaria para procurar por algo que me chamasse a atenção, mas não encontrei nada.

- Já pensou em talvez pegar algumas flores? - Sugeriu Branca de Neve.

- Já que é pra ser clichê, vamos ser clichês!

Mary pegou minha mão e me levou até uma floricultura

Assim que entrei, procurei por algo que me fizesse lembrar da Regina, mas não achei nada que remetesse a mulher.

- Rosas não combinam com ela, os girassóis são lindos, mas também não combinam... - Eu e meus pensamentos altos.

Eu até que estava com paciência, queria fazer algo legal para ela. Então acabei olhando as flores e sentindo seus aromas, uma por uma.

- Suas flores são lindas, mas será que tem outro lugar que tenha outras opções? - Falei para a floricultora.

- Se você puder esperar um pouquinho, o homem que trás as flores para abastecer a loja está quase chegando. - Disse a mulher. - Talvez ele traga algo novo e que você goste!

O que restou da maçãOnde histórias criam vida. Descubra agora