26| Trovões e arrepios

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- Ele poderia te avisado... - Sussurrei.

Não pensei muito nisso, apenas peguei o único livro que tinha no cofre e o fechei novamente, o deixando exatamente como Bella tinha deixado.

Guardei o livro na bolsa e sai da loja, fechando a porta e indo em direção a loja do Gold.

- Pronto, já cumpri a minha parte. - Coloquei o livro sob o balcão e empurrei na direção dele.

Rumple ergueu as sobrancelhas impressionado com a minha sagacidade em pegar o objeto.

- Obrigado, garanto que o nosso acordo continua valendo. - Disse ele.

Não falei nada, apenas sai da loja e fui até a praia para relaxar e pensar sobre algumas coisas enquanto ouvia o barulho do mar e sentia o vento fresco indo contra a minha pele.

Forrei um pano na areia e me deitei lá, apenas pensando nas coisas que Rumple me disse mais cedo.

Será que minha mãe não era tão boa quanto eu pensava? Talvez seja por essa razão que Regina não ficou feliz a "benção" que a minha mãe desejou para ela e pensou que fosse uma maldição, já que ela também carregava magia das trevas em seu sangue.

Isso é mais do que eu sabia antes sobre ela, mas eu ainda não sabia o suficiente para compartilhar com a Regina.

Como eu vou olhar para ela, sabendo que escondo algo que pode ser a ruína da vida da mulher pela qual estou apaixonada? Será que é muito egoísmo da minha parte? Eu realmente não sei... nem mesmo sei se devo ir até a casa dela essa noite. Acho que vou cancelar o compromisso com ela. - Pensei.

Peguei meu celular e escrevi uma mensagem de texto para a prefeita.
Falei que não poderia ir na casa dela essa noite, porque eu não me sentia bem de saúde e era melhor eu ficar na minha casa. Pedi desculpas por ter desmarcado e enviei a mensagem.

Depois de um tempo deitada na praia, decidi ir embora para casa.

Chegando ao meu quarto, tomei um banho na água bem quentinha, coloquei uma roupa confortável e me deitei. Eu estava com um pouco de fome, mas não estava disposta a sair da cama para ir buscar comida.

Meu emocional estava abalado. Era estranho saber que cresci com a minha mãe do lado e eu não sabia quem ela era de verdade. Ela me privou da verdade por todo esse tempo, mesmo ela sabendo que um dia eu saberia de tudo, ela não teve a coragem de me preparar para isso. A situação estava sendo difícil para mim.

Eram 16:00 horas da tarde quando decidi que já era a hora de dormir. O céu ainda estava claro, mas eu não tinha nada para fazer, então desliguei meu celular para que ninguém me incomodasse pelo restante do dia e fechei os olhos.

Um pouco mais tarde, acordo assim que escuto batidas na porta.

Me levanto ainda meio sonolenta e abro a porta.

- Te acordei? - Era Regina.

- Sim, mas não tem problema. - Falei coçando os olhos. - Quer entrar?

- Sim... - Disse ela entrando meio sem jeito. - Eu trouxe uma torta, achei que estaria com fome.

- Me desculpa por não ter ido na sua casa... não estou me sentindo muito bem hoje. - Me sentei na cama.

Regina me olhou com tristeza, era notável que eu não estava nas melhores condições.

- Não se preocupa com isso, ok? - Ela se aproximou e se sentou ao meu lado. - Quer conversar sobre isso?

- Eu adoraria, mas não quero te preocupar com meus problemas. - Falei.

O que restou da maçãOnde histórias criam vida. Descubra agora