O que restou da maçã

28 - Eu te amo, Regina Mills

Alguns meses depois.

Eu estava em uma batalha travada contra Henry em seu jogo de tabuleiro.
O menino tinha me ensinado a jogar Banco Imobiliário e eu podia ter certeza que ele estava tentando me passar a perna em algumas jogadas.

- Mas, se eu tenho que te pagar 198,00 dólares de aluguel e te dei duas notas de 100,00 dólares, cadê os meus dois mil de troco? - Perguntei confusa.

- É que você tem que dar a comissão para o banco. - Disse o menino.

Incrível que a cara dele nem ardia.

- Essa história está um pouco confusa. - Fitei-o com os olhos semicerrados. - Você está querendo me falir.

Ele riu e continuou a jogar os dados.

Ficamos jogando pelo resto da tarde até aquele jogo acabar. Eu poderia ter ganhado caso Henry não tivesse extorquido até a última gota de toda a minha fortuna. Eu não sabia jogar direito e ainda não tinha acostumado com as regras, mas eu sabia que ele tinha me passado a perna.

Era uma sexta e não teve aula para Henry naquele dia, então me dispus a ficar com ele.

Ele já sabia se virar sozinho e ainda tinha Emma pra ajudar, mas eu gostava de passar um tempo com ele.

Ouço batidas na porta e Henry é quem se levanta para atender.

Era Emma querendo ver seu filho e levar ele para tomar um sorvete.
A loira até me chamou para ir junto, mas eu preferi deixar os dois terem o momento de mãe e filho sem ninguém para atrapalhar.

Sai junto com Henry e Emma, mas seguimos caminhos diferentes. Eles foram a sorveteria e eu fui ao escritório da Regina.

Chegando lá, bati na porta e entrei assim que permitido.

- Sabe, eu até te chamaria de "Gina", mas se acrescentar um "va" na frente, a palavra acaba ficando íntima demais. - Falei adentrando a sala.

Regina se virou na minha direção e ergueu uma das sobrancelhas.

- Gina... eu até que gosto, o que você acha? - Perguntei.

- Hm... eu acho que você deveria parar de falar e deveria vir aqui me dar um beijo. - Disse ela entrelaçando os dedos e se apoiando na mesa.

Sorri e fui na direção na mulher.
Sentei em seu colo e depositei um beijo na boca da mulher.

- Eu acho que já estou me acostumando a sentir o gosto bom do seu beijo. - Falei sorrindo com a mão na bochecha da morena.

Ela sorria para mim. Aquela era disparado o sorriso mais lindo do mundo e eu queria ter ele para sempre.

Seus olhos escuros me olhavam com um olhar sincero e apaixonado, eu sabia que ela era minha e apenas minha naquele momento.

Aquele frio na barriga ainda se fazia presente como se fosse a primeira vez, mas eu me sentia tão tranquila ao mesmo tempo. Eu conhecia Regina o suficiente para saber que ela sentia o mesmo por mim, já que falsidade não é algo que Regina tem como costume.

Eu tive 1001 pensamentos enquanto estava sentada no colo dela e a olhando nos olhos, será que é assim que o amor se parece? Será que o amor tem cabelos escuros, olhos intimidadores e um sorriso lindo? Eu poderia jurar que sim.

A segurança que seu abraço e seu toque me passava, era como uma nova experiência que eu nunca tinha provado na minha vida. Fiz muitas coisas ruins no passado, mas parece que isso que estou vivendo é a vida me dando uma segunda chance.

Eu temia ter que admitir, mas eu agora consigo ver que estou perdidamente apaixonada pela morena que está olhando para mim. Eu amo a Regina. Isso é uma fato que agora eu tenho que aprender a conviver.