CHAPTER 1

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Pov. Josie

Estava sentada na cama, olhando para as estrelas pela janela, me sentia tão sozinha, depois de confessar meus sentimentos por Hope, ela e Lizzie começaram a ficar estranhas e de repente param de falar comigo. Tentei várias vezes conversar com ambas, mandar mensagens, encontrá-las pelos corredores, procurá-las nos quartos, mas elas apenas ignoravam, com o passar do tempo, desisti de tentar, fiquei em silêncio no meu canto, afastada de todos, falando apenas quando era absolutamente necessário.

Lizzie e eu éramos inseparáveis, mas agora... agora mal nos olhávamos. Quando estávamos no quarto à noite, eu saía para caminhar, esperando que ela estivesse dormindo antes de voltar, me sentia como uma estranha em meu próprio quarto e parecia que nem conhecia minha irmã mais. Apenas via Hope e Lizzie saírem juntas para todos os lados, se aproximando cada vez mais, enquanto eu era afastada.

Quando Hope e Landon terminaram, senti uma pontada de preocupação e culpa dentro de mim, sabia o quanto ela gostava dele. Com toda coragem que ainda sobrava em meu ser decidi ir ao seu quarto para ver como estava, porém, assim que cheguei em sua porta, hesitante, e bati suavemente, mas nada aconteceu, bati de novo, um pouco mais forte dessa vez. Depois de alguns segundos, ela abriu a porta, com o rosto corado marcado pelas lágrimas, os olhos vermelhos e inchados.

— Hope, eu... — Comecei a falar, tentando encontrar as palavras certas, mas ela me interrompeu quase imediatamente com um tom que cortou o ar como vidro se quebrando.

— O que você quer? — A voz dela estava carregada de uma dureza que me surpreendeu, áspera e fria, como se um muro invisível tivesse se levantado entre nós. A frustração e a dor estavam claras, tornando suas palavras quase insensíveis. A forma como ela falou, com um desdém quase palpável, fez meu coração acelerar e meu estômago se revirar. O olhar dela, distante e carregado de uma tristeza profunda, parecia mais um grito mudo do que uma resposta. Eu podia ver a luta interna dela, a tentativa de manter a compostura enquanto estava claramente à beira do desespero.

— Eu só queria saber se está bem. — Respondi, tentando manter a calma, minha voz saindo num tom preocupado. As palavras mal conseguiam sair, carregadas com a preocupação genuína que sentia. Olhei para ela, buscando algum sinal de que ela estava ouvindo, algum indício de que minhas intenções estavam sendo compreendidas.

— Estou bem. Agora pode ir embora? — Disse com impaciência, suas palavras saíram quase como um comando, sem espaço para dúvida, era óbvio que ela estava profundamente magoada, e eu podia sentir a tensão na maneira como ela se afastou, quase como se estivesse tentando se proteger de algo que estava além das palavras. Sabia que estava ferida também, mas o desejo de consertar as coisas e entender o que estava acontecendo era mais forte, a dor de ver a nossa amizade se tornar aquilo parecia esmagadora, e a indiferença dela só tornava tudo mais doloroso.

Na tentativa de manter a compostura, respirei fundo e olhei para ela com a seriedade de quem sabe que o que está em jogo é muito mais do que um simples desentendimento.

— Eu sei que provavelmente me odeia e está magoada, mas por favor, pelo menos fala olhando em meus olhos. — Minha voz estava carregada de uma súplica sincera, com a esperança de que ela pudesse ver além do que estava demonstrando e perceber o quanto eu me importava.

— Eu não quero falar com você. — Ela respondeu, a irritação evidente em sua voz, cada palavra carregada com um desdém que cortava mais fundo do que qualquer crítica que eu já tinha ouvido. O olhar dela estava fixo no chão, evitando o meu, como se a simples presença dela já fosse demais.

— Então fala com alguém. — Insisti, minha voz soando desesperada. Estava tentando alcançar a Hope que eu conhecia, a Hope que eu tinha me apaixonado, e não essa estranha que agora estava diante de mim. Estava à beira das lágrimas, com a frustração misturada com a tristeza em cada frase.

Still Falling For You (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora