CHAPTER 18

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Pov. Hope

Passaram-se algumas semanas desde a briga entre Josie e eu, e a dor da separação ainda estava latente. O vazio deixado pela falta dela parecia se expandir, e a frustração de não conseguir consertar as coisas só aumentava. Recebi uma mensagem de Josie, que dizia que, se eu saísse, ela voltaria para casa. Com um nó na garganta e a sensação de que a única coisa a fazer era afastar-me para não complicar mais, peguei todas as minhas coisas do quarto de hóspedes e saí. Antes de ir, conversei com Caroline, explicando a situação toda. Sabia que Josie também voltaria para o dormitório, então voltei lá e peguei minhas coisas de volta. Caroline, Rebekah, Klaus e Bonnie se empenharam para garantir que Jade e Penelope aprendessem a lição, e isso trouxe um pequeno alívio ao meu coração.

Cheguei à mansão e comecei a desempacotar minhas coisas. O ambiente familiar me acolhia, mas a sensação de estar de volta era agridoce. Logo, meu pai e minha tia chegaram, começando os preparativos para a festa que se aproximava.

— Vocês podem fazer isso sozinhos? Ou você precisa de mim? — perguntei, tentando manter a sensação de normalidade.

Klaus olhou para mim com um sorriso cansado, mas gentil. — Seria bom você ficar.

— Tá bom. — Concordei, decidida a ajudar.

Corri para o meu quarto e liguei para minha mãe, minha voz tremendo ao atender.

— Ei mãe, eu realmente preciso falar com você.

— O que há de errado?

— Eu errei, e acho que a perdi para sempre. — Senti lágrimas começando a se formar nos meus olhos e minha voz falhou.

— Quem? — perguntou ela, a preocupação evidente em seu tom.

— Josie. Fui ao Grill com Rebekah e papai. Landon apareceu do nada e perguntou se eu daria mais uma chance a ele. Eu disse que não, mas ele me beijou, e Josie viu. Ela não quer falar comigo e eu sinto falta dela, mamãe. Eu realmente sinto falta dela.

Hayley soltou um suspiro de compreensão e conforto. — Oh, querida, estou indo para ai, falamos melhor sobre isso pessoalmente.

— Tudo bem. — Respondi, sentindo um misto de alívio e ansiedade.

Desliguei e, exausta, adormeci. No meio da noite, uma batida suave na minha porta me despertou. Levantei-me e fui abrir a porta, com o coração acelerado, na esperança de encontrar Josie.

— J-Josie? — falei, a voz cheia de expectativa.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, Josie me beijou com uma urgência desesperada. O calor e a intensidade do beijo encheram meu coração de um turbilhão de emoções que eu há muito havia desejado sentir novamente.

— Eu estou... tão... tão... desculpa. — Ela disse entre beijos, a voz carregada de arrependimento e amor.

— Jo, eu não te odeio, estou realmente muito feliz agora. — Respondi, minhas palavras cheias de alívio e esperança.

Josie sorriu com um brilho de esperança em seus olhos, e nós nos dirigimos para a cama. Fechei os olhos por um momento, me entregando ao conforto e à reconciliação.

— Hope. — A voz de Josie soou suavemente, mas depois começou a se misturar com a voz da minha mãe.

Quando abri os olhos, vi minha mãe sentada ao meu lado na cama, e o sonho foi abruptamente quebrado.

— Hayley? — Perguntei, confusa e desorientada.

— Hope, filha? — A voz de minha mãe estava cheia de ternura e preocupação.

— Um sonho. Foi a porra de um sonho! De novo! Ugh! — Exclamei, frustrada e desanimada.

— Oi. — Disse eu, tentando recuperar a compostura e ajustando-me à realidade.

— Como você está se sentindo? — Hayley perguntou, o olhar preocupado.

— Eu não sei. Tá tudo bem, mas é uma merda, também estou chateada que você me acordou. Estou realmente sentindo falta de Josie.

Minha mãe riu levemente, tentando aliviar a tensão. — Acho que sei como ajudar. Caroline e eu estamos nos unindo, ela e Lizzie vão trazer Josie para cá, e é aí que você vai conversar e explicar as coisas para ela. Então vocês vão fazer as pazes...

— Mamãe... — Eu comecei, mas ela me interrompeu.

— O quê? Só estou dizendo. Pode acontecer. Nossa. — Hayley revirou os olhos, mas com um sorriso encorajador.

Sentei-me na cama, tentando processar as palavras da minha mãe. Ela saiu do meu quarto para fazer uma ligação rápida, e eu fiquei pensando no que poderia ser feito para corrigir a situação.

— Eu tenho uma chance, e não posso estragar tudo. Um pequeno erro e está tudo acabado. — Murmurei para mim mesma, determinada a fazer o que fosse necessário para reconquistar Josie e acertar o rumo das coisas.

• • •

Pov. Josie

Já se passaram algumas semanas desde que tudo aconteceu. A dor de ter perdido Hope, mesmo que não estivéssemos oficialmente juntas, foi mais intensa do que qualquer outra coisa que eu já havia experimentado. É isso que eles querem dizer com "o amor dói"? Se for, eu não quero isso para mim.Lizzie entrou no meu quarto, trazendo um pouco de energia para o ambiente. — Josie, vamos a uma festa amanhã. Eu, você e mamãe.

— Eu realmente não estou com vontade de ir. — Respondi, a tristeza evidente na minha voz.

Lizzie cruzou os braços, uma expressão de determinação no rosto. — Você me deve, não pense que eu esqueci daquela vez que tínhamos 12 anos.

Suspirei, rendendo-me. — Ok, ok, só não fale sobre isso. Foi há anos. De quem é a festa?

— Não se preocupe, Josie. Vai ser divertido, confie em mim. — Lizzie sorriu, tentando animar o ambiente.

— Tudo bem. — Concordei, mesmo sabendo que minha mente estava longe do evento social que estava sendo planejado.

Lizzie saiu e eu fiquei sozinha novamente. Peguei meu caderno e decidi sair para um lugar mais tranquilo. Embora não estivesse em um estado de espírito para escrever, o simples ato de estar sozinha com meus pensamentos parecia reconfortante. Sentei-me ao ar livre, observando a lua cheia. Sempre achei a lua extremamente bonita, uma visão calmante que ajudava a aliviar a agitação dentro de mim. Mas mesmo a beleza da lua não conseguia suavizar a dor que eu sentia. Depois de cerca de uma hora, o frio começou a penetrar minha pele, me fazendo sentir mais solitária e vulnerável. Decidi voltar para dentro, buscando o calor e um pouco de alívio.

No meu quarto, coloquei o diário cuidadosamente sob a cama. Era um lugar secreto, onde eu guardava meus pensamentos mais íntimos e sentimentos profundos, nada de mal, apenas páginas e páginas sobre como eu me sentia. A ideia de alguém encontrar e ler aquelas páginas me incomodava profundamente, então eu sempre o escondia bem. Deitei-me na cama, fechando os olhos, mas mesmo assim, Hope estava presente em meus pensamentos. Cada lembrança, cada sentimento não resolvido parecia se sobrepor a tudo ao meu redor, tornando difícil relaxar. Adormeci, ainda com a imagem de Hope em minha mente, esperando que o sono me trouxesse algum alívio.

Still Falling For You (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora