1-Piloto

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Segunda, 11 de abril de 2016, 09:42 pm

(Autora: Uma observação, eu não encontrei a data da explosão, então eu estimei uma que caberia bem na história. Afinal, as regras no tempo-espaço não se aplicam a mim e ao mundo bizarro que está dentro da minha cabeça).

(Ashley conta a história dessa vez)

Sou Ashley, tenho 13 anos e moro em Central City.

É quinta, uma quinta-feira normal, todos concordamos que não há melhor forma de passar a noite do que com a família. Estou com o meu irmão gêmeo, Miles. Minha mãe, Emma, e o meu pai, Mateo, foram ver a inauguração do acelerador de particolas dos laboratórios S.T.A.R.
Tinha tudo pra ser um ótimo final de noite, eu fui por trás do meu irmão e coloquei as minhas mãos na frente dos olhos dele, e disse:

Ashley- Adivinha quem é!-desse com a voz alterada pra tentar enganar o meu irmão.

Miles- Ash, eu sei que é você.

Ashley- Ah! Só não descobriu porque não tem mais ninguém aqui.

Miles- Digamos que o seu talento pra replicar a voz é realmente surpreendente.

Assim que ele terminou de falar, eu consegui ver no horizonte uma onda de choque em forma de bolha vindo em nossa direção. Miles se levantou da cadeira rapidamente. Logo deduzi que aquela onda de choque estava vindo da direção dos laboratórios S.T.A.R, e logo depois que a onda de choque passou uma próxima veio e ela com certeza causou mais estrago.
Eu gritei pra entrarmos mas o impacto que aquela coisa veio mais rápido. Em seguida tudo aconteceu muito rápido. O enfeite que ficava preso no teto da varanda caiu em cima do braço do meu irmão. Eu corri até a cozinha, que estava cheia de cacos de vidro, e peguei uma caixa com curativos e fiz o sangramento estancar. Ficamos preocupados com nossos pais. Se passaram mais de três horas e eles não chegaram.
Não aguentamos esperar mais, então pegamos nossos casacos e corremos pra a cidade para procurar por eles. Foi uma noite bem loga, a cidade estava uma bagunça, ambulâncias passando pra todos os lados enquanto o desespero se espalhava. Fomos pra a delegacia pra perguntar a alguém se os nossos pai já foram encontrados. Horas depois conseguiram encontra-los. Estavam gravimente feridos, e morreram imediatamente, até tentaram ajudar, mas de nada adiantou.
Acho que a minha mente não conseguiu aceitar aquela situação, é como se a parte do cérebro que cria sentimentos abstratos não conseguisse processar.
Eu fiquei paralisada enquanto o Miles lamentava. Minutos depois eu ainda não estava conseguindo falar, o que preocupou o meu irmão. Ele me levou até uma cadeira que estava próxima de nós e sentamos. Eu continuei calada olhado pra o nada.

Miles- Ash?

Ashley- ...não pode ser, não, não pode...- disse sem um pingo de brilho nos olhos.

Miles- Sinto muito...

Eu me encostei no ombro dele tentando aceitar a situação, mas acho que esse é o tipo de coisa que dá pra aceitar.

Ashley- Tipo, o que a gente faz agora?- disse tentando fingir que estava tudo bem.

Miles- Com certeza, assim que essa bagunça acabar, alguém aqui vai nos ajudar.

Ashley- Eu vou ligar pra a tia Cass.

A Tia a Cass é o membro da família mais próximo de nós.
Peguei o meu celular e tentei ligar pra ela, torcendo pra o serviço de operadora não ter falhado depois desse caos. Ela atendeu. Coloquei o som bem alto pra que o meu irmão podesse ouvir também. Barulhos externos estavam atrapalhando, então nós fomos pra o andar de cima da CCPD pra conseguir ouvir.

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