Capítulo 4

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  4097 palavras

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  Eram nove horas da manhã quando Bárbara entrou no seu escritório, a sede da Leviatã ficava no centro da cidade, perto da estação do metrô, o lugar possuía cinco andares, cada andar ficava uma divisão e lá funcionava o que cada uma era responsável. No topo, Bárbara ficava, justamente com Ian.

  A morena adentrou a sala, por ter dormido em casa, estava disposta e com uma boa aparência, diferente de Ian que passou a noite resolvendo os problemas dos clubes de luta.
Bárbara avistou sua mesa, nela, Ian organizava alguns relatórios, ele estava sentado na sua cadeira, mas ela não se importava. O vice lia as páginas e transcrevia para o computador portátil na sua frente, seu olhar estava perdido, cansado. Usava uma jaqueta de couro e uma calça branca, uma corrente de ouro e um relógio também de ouro.

 Quando notou a presença da líder, Ian sorriu e levantou a cabeça na direção dela.

— Bom dia. — Ela falou. Ele manteve o sorriso.

— Bom dia, está linda, dormiu bem? — Perguntou Ian, Bárbara sorriu de lado.

— Podia ter sido melhor. — Ela manteve o sorriso e o encarou. Ian riu. — Mas você parece cansado, fechou todos os clubes de luta?

— Minha cara está péssima, né? — Questionou ele, rapidamente, passou a mão sob o rosto, depois encostou na cadeira, quase deitando.

— Está horrível. — Bárbara falou. 

— Obrigado pela sinceridade. — Ian fechou os olhos enquanto sorria. Bárbara sorriu de volta.

— Disponha, parceiro. — A morena seguiu para mais adiante, deixando a bolsa na mesa, em seguida, parou do lado dele, que continuava de olhos fechados. Bárbara abaixou um pouco na frente do computador para ler o que ele transcrevia. Era o faturamento da última semana.

— Vou terminar de fazer isso... — Ian tentou tocar no teclado, mas Bárbara segurou a mão dele.

— Dorme um pouco no sofá — A morena apontou o móvel aveludado no canto esquerdo da sala. — Eu faço isso, termino em trinta minutos. — Lentamente, Bárbara empurrou Ian para o lado, deixando um espaço na cadeira. Ela se acomodou ao lado dele.

— Tem certeza? O dia vai ser corrido. — Ian perguntou, preocupado. Bárbara continuou prestando atenção no que fazia.

— Mano, você tá morto, deixa eu fazer isso. — A comandante começou a digitar, suas unhas faziam barulho ao bater no teclado. — Mais tarde a gente vai no Hall's, querendo comer comida de verdade, não essas besteiras que você me faz comer. — Advertiu a ela. Ian deu de ombros e levantou da cadeira. Caminhou lentamente até o sofá e se jogou no móvel.

— Eu sempre te levo em lugares ótimos. Você que é fresca. — Ian se acomodou no sofá, encarou Bárbara, que se levantou para fechar a cortina.

— Como vou governar essa cidade se tiver um infarto antes? — A morena puxou a cortina, deixando o ambiente mais escuro. Ian fechou os olhos.

— Você não vai ter um infarto, Bárbara. — Murmurou.

— Vou pegar uma manta, está esfriando. — A líder abriu o pequeno armário de ferro que eles tinham no escritório, Ian abriu os olhos novamente.

— Vem me cobrir porque eu tô com frio. — O vice pediu, fazendo biquinho. Bárbara revirou os olhos.

  A líder tirou a manta azul do armário e caminhou até o sofá, a desenrolando, Ian a encarou enquanto sorria de maneira irônica. A morena jogou a manta em cima dele, apressada.

ARMA DE OURO | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora