4700 palavras
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Amar pode ser um grito no vazio.
Laura lembrava das palavras de sua avó com frequência, principalmente agora que estava completamente apaixonada por uma líder de gangue, a loira não sentia que amava sozinha, mas com a posição que Bárbara assumiu nos últimos dias, ela temia pelo relacionamento delas.
"Não se preocupe, Lala, quando você amar, sei que essa pessoa vai te amar de volta."
Completou a senhorinha, servindo bolinhos para a neta.
Laura sabia que sua avó estava certa, Bárbara a amava, ela sentia, mas o que poderia esperar dela?
Às vezes, mesmo quando é recíproco, amar pode ser um grito no vazio.
Laura suspirou, agarrando-se na esperança que não importa o que acontecesse, elas iam ficar juntas. Nisso, ela sentiu os braços de Bárbara segurarem sua cintura, ela sorriu, virando-se para sua namorada.
— Devia ter me acordado. — Reclamou a morena. — Eu te chamei pra gente conversar e acabei dormindo, desculpa.
— Sei que está cansada — Laura sorriu, roubando um selinho dela. — Quero te fazer umas perguntas...
— Claro, pergunta o que quiser. — Bárbara riu, segurando a mão dela, as guiando para o sofá. A líder sentou-se, puxando sua namorada para sentar no seu colo.
— Você conseguiu vingar a morte dos seus pais, não é? Por isso tomou o controle da cidade? — Questionou Laura, encarando os olhos escuros dela. Bárbara assentiu, prometeu que assim que alcançasse seus objetivos, contaria tudo para Laura, não a esconderia nada, seria transparente como jamais foi.
— Sim, eu matei três pessoas e algumas por capricho, elas que executaram o massacre no meu distrito. Agora que já fiz o que tinha que fazer, tomei o controle da cidade, no fundo, ela sempre foi minha. — Concluiu, impaciente. Laura franziu a testa.
— Eu não posso entender porque nossas vidas são completamente diferentes, mas espero que tenha conseguido o que realmente quer. — A loira segurou no rosto da namorada, a fazendo sorrir.
— Eu quero você. — Completou, distribuindo beijos no pescoço da loira.
Laura riu. — Mas, o que você queria me contar?— Na semana passada, fui no hospital infantil, lembra que eu não sabia muito bem em qual área da enfermagem seguir? — Perguntou a loira, sua namorada concordou com a cabeça. — Então, falta profissionais no hospital infantil, posso me dedicar nisso, quero fazer algo bom, entende?
— Claro — Bárbara manteve o sorriso, orgulhosa da namorada. — Você é muito atenciosa, esse é um trabalho ideal pra você. Continue se esforçando.
— Obrigada. — Laura murmurou, tímida. — A Cat me contou que seu aniversário está perto... Você não ia me contar?
— Eu não. — respondeu, entediada. — Faz anos que não ligo pra isso, é besteira.
— Não é todo dia que comemora vinte cinco anos... — Comentou Laura, abraçando sua namorada. — E se fosse algo só nosso?
— Tudo bem, mas não quero festa — Mandou, irritada. — Vamos ficar longe da cidade, quero paz.
— Tudo o que você quiser! — Exclamou Laura, grudando os lábios nos dela, Bárbara fechou os olhos, agarrando a cintura dela e intensificando o beijo.
— Por mim, eu passaria esse dia só com você — Acrescentou a líder, sorrindo. Laura riu, descendo seus beijos pelo pescoço da morena, Bárbara ergueu a sobrancelha, entendendo quais eram as intenções da loira. — Achei que íamos conversar. — Insinuou, Laura negou com a cabeça.
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ARMA DE OURO | COMPLETO
RomanceCONTEÚDO MADURO Romance Bissexual Contém violência, linguagem imprópria e sexual "Se eu vivesse mil vidas, iria escolher viver cada uma delas ao seu lado." Bárbara Reis, comandante da gangue mais antiga da metrópoles, trilha seu caminho de suces...