Capítulo 12

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3800 palavras 

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  Bárbara encarava a jovem sentada na sua frente enquanto esperava sua resposta.

  Ela tentou ser o mais clara possível, para não existir dúvidas.

  Nisso, ela viu Laura apertar os talheres e depois se levantar abruptamente, a loira não a olhou, pegou sua bolsa e colocou em cima do ombro.

— Não estou interessada. — Ela respondeu, e virou para a saída, entretanto, Bárbara se levantou e segurou o braço dela.

— Laura... — A morena suspirou. Quis dizer algo, mas não sabia o que.

— Você acha que eu estou a venda? Em busca de alguém que tenha dinheiro? Quer que eu seja a sua prostituta de luxo? — A loira esbravejou, puxou seu braço, impedindo Bárbara de tocá-la.

— Eu não disse isso. — Bárbara revirou os olhos, impaciente. — Não precisa agir como se fosse a pior coisa do mundo, não precisa dar um chilique.

— Pra você, isso é mais um dos seus negócios, não é? — Ironizou Laura. — Posso te contar uma coisa, comandante da Leviatã, nem todas as pessoas estão a sua disposição. — A loira praticamente cuspiu as palavras, virou na direção da saída novamente, mas escutou a risada abafada de Bárbara.

— Eu devia saber que você não aceitaria, ou que criaria expectativas, mas quis tirar a prova, não gosto de especulações. — Bárbara alcançou a taça de vinho e deu mais um gole. Depois voltou sua atenção para Laura, que a encarava com ódio, se o olhar matasse, Bárbara teria morrido naquela hora. — Bom, ninguém pode dizer que eu não tentei. — A líder pegou nota que o garçom deixou após entregar os pedidos.

— Vai se foder. — Laura saiu apressadamente do restaurante. Bárbara seguiu para o balcão normalmente, para ela, aquilo foi um grande drama, era só ter falado não.

  A líder não entendia a sensação de se sentir usado, talvez porque em toda a sua vida, nunca se arrependeu do que fez ou deixou de fazer, principalmente em relacionamentos. Transava com quem queria e deixava claro suas intenções, assim nunca enganou quem quer que fosse.
  Dito isso, ela recebeu seu carro do manobrista e começou a dirigir pelas ruas da metrópoles, seu olhar parou em cima de uma loira enfurecida caminhando para o ponto de ônibus. Bárbara sorriu e diminuiu a velocidade ao lado dela.

— Entra no carro. — Bárbara ordenou. Laura parou de andar.

— Você não manda em mim! — Ela gritou e apressou os passos novamente. Bárbara revirou os olhos.

— Para de besteira, Laura. Eu te levo em casa. — Insistiu a líder, a loira mostrou o dedo do meio na direção dela.

— Não preciso que me leve em casa.— Laura continuou andando e olhando o caminho. Nesse momento, Bárbara parou o carro e desceu. O coração da loira acelerou, ela sentiu raiva de si mesma por isso. Mas a raiva que sentia por Bárbara cresceu ainda mais.

— Esse lado da metrópoles tem muito assalto, eu te levo em casa, para de ser cabeça dura! — Bárbara advertiu, irritada. Cruzou os braços na altura do peito mostrando sua irritação.

— Eu já disse que não quero, me deixa em paz! — Laura passou por ela, porém, Bárbara entrou na sua frente. — Que foi? É a primeira vez que leva um fora? — Questionou a loira, irônica. Bárbara sorriu.

— Eu não chamaria isso de um fora, não pedi pra ter um encontro formal com você, mas se eu chamasse, sei que você aceitaria. — A morena manteve o sorriso, Laura a fuzilou com o olhar.

ARMA DE OURO | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora