Capítulo 17

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 4300 palavras

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  Anoiteceu na metrópoles, os becos daquela cidade violenta ficaram mais assustadores com a escuridão, de um deles, no distrito Zâmbia, Edgar e Hariel caminhavam recrutando algumas pessoas desesperadas por dinheiro.

— Eu preciso usar — O homem se levantou no chão, passando a mão sob os olhos, a abstinência começou afetar seu organismo. — Por isso vou aceitar, preciso de grana. — Ele tossiu.

— Sabemos disso. — Edgar afirmou. — E queremos que chame mais alguns conhecidos seus para isso. Vamos pagar bem.

— Posso ver quem está interessado, mas o alvo é a Leviatã mesmo? — Questionou o homem, ajeitando o casaco.

— Sim, mas o objetivo é só afastar o Víbora por um tempo, se ele morrer não tem problema, eu pensei bem, talvez seja melhor que ele morra logo. — Concluiu Edgar, desviando o olhar para cima.

— Com ele fora do caminho, será mais fácil se aproximar da líder, nosso informante tentou, mas ele mudou as regras de estar perto dela no mesmo dia. — Respondeu Hariel, entrando na conversa.

— Vocês estão loucos querendo mexer com ele, mas que se foda, eu preciso do dinheiro. 

— Não vai se arrepender. — Edgar murmurou, o homem assentiu.

  Do outro lado da metrópoles, Bárbara caminhava ao lado de Ian.
 A líder usava um sobretudo cinza e botas pretas que chegavam até seus joelhos, Ian usava uma jaqueta branca e uma calça jeans preta. Eles seguiam calmamente, os integrantes da gangue se curvavam enquanto os dois passavam. Bárbara parou no meio do lugar, Ian ficou logo atrás, nisso, Alexa deu um passo para frente, e abaixou a cabeça.

— Senhora. — Reverenciou a latina, Bárbara continuava encarando sua capitã.

— O que aconteceu? — Ela perguntou, deixando as mãos nos bolsos.

— Eu descobri traidores dentro da gangue. — A latina levantou a cabeça, Bárbara ergueu a sobrancelha, seu olhar em Ian, ele assentiu levemente.

— Onde eles estão? — Questionou Bárbara, desviando o olhar do vice.

— Já estão aqui, mais cedo e eu minha divisão os pegamos antes que fugissem. — Alexa explicou, depois fez um sinal para os gângster, que entenderam e arrastaram três homens e duas mulheres amarrados por cordas e com panos cobrindo a boca. Seus rostos estavam cheios de cortes e sangue escorria por suas roupas.

— Então são esses... — Bárbara sussurrou, tirou as mãos dos bolsos e deu alguns passos na direção deles. — Pra quem eles estavam trabalhando? — Perguntou a líder, observando o olhar assustado deles.

— Para os Dragões Brancos, do distrito Akhenaton. — Alexa cruzou os braços.

  Bárbara e Ian trocaram olhares, já planejando o que fariam.

  A líder colocou a mão no queixo, pensativa. Observou o rosto assustado deles por mais alguns segundos antes de desviar, conformada.

— Tragam os pneus, hora de punir os traidores. — Por fim, ela disse, parando próximo a Ian. Os gângster obedeceram as ordens rapidamente, nisso, a líder e o vice se distanciaram dos outros.

— Dá pra acreditar nessa porra? — Esbravejou Yamaguchi, irritado. — O filho da puta do Nicolas tá na minha mira há muito tempo.

— Desde quando temos problemas com essas organizações? — Bárbara perguntou, nervosa.

— Tá rolando há uns meses, eles querem disputar o controle do distrito Akhenaton com a gente. — Ian contou, e colocou as mãos no bolso.

— Que caralho, odeio ter que me meter com esses ratos, mas ninguém ameaça minha gangue. — Bárbara suspirou, frustrada. Ian concordou com a cabeça.

ARMA DE OURO | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora