Capítulo 32

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 3000 palavras

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 "O J.M informa

 A disputa por territórios na metrópoles acabou desde que a gangue Leviatã, comandada por Bárbara Reis e Ian Yamaguchi, tomaram o poder das autoridades.
Há também outro fato, gangues menores e com menos recursos, juntaram-se a Leviatã, a tornando mais forte.
Entretanto, mesmo que a briga entre elas pararam de afetar os moradores da cidade, infelizmente, o poder está nas mãos de gângster, assassinos, criminosos.
Esse é o medo da população, estar sob o controle deles.
Nós, da imprensa, vamos continuar informando os cidadãos com responsabilidade e respeito.
Por enquanto, não há perigo nas ruas, mas até quando?"

  A questão que o jornalista deixou em sua matéria fez o atual governador franzir a testa, por mais que não quisesse repetir o mesmo erro dos anteriores a ele no poder, sabia que não poderia permitir que a maior economia do País continuasse nas mãos de gângster. Por esse motivo, ele ordenou que Laura fosse sequestrada.

  Agora, o negro encarava a loira desmaiada e amordaçada sob uma cadeira de ferro, cordas pretendiam seus braços e pernas, tiveram que dar tranquilizante porque depois que ela acordou, foi impossível prendê-la sem auxílio de medicamentos.

— Tudo pronto, chefe, já fizemos o vídeo, logo teremos a resposta. — Comentou o sequestrador. Analisando o conteúdo do vídeo, nele, Laura estava sendo arrastada no chão enquanto gritava, o objetivo era assustar Bárbara com o que pudessem. O mais novo governador assentiu, querendo acreditar que estava fazendo o certo pela cidade.

  Um pouco distante do centro, a líder da gangue mais temida na região subia as escadas para o jatinho, olhou para trás, despedindo-se da paisagem, viu Ian se ajeitar na cadeira, sorrindo para ela, porém, um de seus gângster alcançou a pista, chamando sua atenção.

— Comandante! — Ele gritou, com um celular na mão. Bárbara desceu as escadas, seguida por Ian. — Esse vídeo está circulando no submundo, veja! — Continuou ele, assustado. A líder pegou o celular, confusa. Aos poucos, ela começou a entender quem estava ali e o que estavam falando.

"Ouça bem, Bárbara Reis, se você não aparecer na estrada 122, sentido o antigo distrito Shaka, você sabe onde fica, essa garota vai morrer. Hoje, às 18 horas, é melhor ir."  No vídeo, Laura se debatia no chão, sendo puxada pelos braços enquanto gritava. Bárbara arregalou os olhos, por um momento, seu coração disparou, mas Ian segurou sua mão, transmitindo a força que ela precisava.

— Cancelem a viagem, vamos ter que ficar mais um dia. — Comunicou Ian, tirando Bárbara dali, sentia que sua parceira estava chocada demais para se mexer. — Me tragam água, rápido!

  Depois que eles entraram no galpão, Bárbara bebeu água, sentia-se seu corpo tremer.

— Foi ver a Laura ontem, não é? — Questionou o asiático, segurando a mão dela.

— Isso é minha culpa! Eu sempre faço besteira, que inferno! — A líder colocou a mão sob o rosto, preocupada. — Não pode ser, agora a Laura...

— Bárbara, me escuta — Ele segurou o rosto dela. — Nós vamos tirar a Laura das mãos deles, o que nós dois não podemos fazer juntos? — Ian sorriu, ela concordou com a cabeça, ainda tonta. — Você precisa respirar, tá bom? 

  A líder da Leviatã segurou o rosto dele levemente, sorrindo em seguida. A velha Bárbara havia voltado, nisso, ergueu a sobrancelha, ele entendeu, se levantando.

ARMA DE OURO | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora